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Um golfinho de quase 3 metros, da espécie conhecida como cachalote-pigmeu (Kogia breviceps), foi encontrado morto no final da tarde deste domingo (17), na praia da Carnaubinha, em Luís Correia, litoral do Piauí. O animal, que estava em estado de decomposição, foi localizado por pescadores da região. 

Em entrevista ao A10+, a bióloga Werlanne Magalhães, vice-presidente e coordenadora de pesquisas do Instituto Tartarugas do Delta, explicou que o animal pode atingir aproximadamente quatro metros de comprimento e devido ao seu tamanho, até ser confundido com baleias. Por conta do estado de decomposição em que foi encontrado, as equipes realizaram as medidas biométricas, registros fotográficos, retirada de tecido e enterraram o corpo. 

“A gente recebeu a informação no domingo quase à noite e foi em uma localidade ruim de acesso, a maré estava subindo. Só conseguimos ter mais informações ontem pela manhã, pois as condições da maré permitiam o acesso à praia. Com isso, a equipe conseguiu fazer os procedimentos; medidas biométricas, que são as medidas para que a gente consiga identificar a espécie”, disse. 

Os pesquisadores realizaram as avaliações da carcaça para poder identificar a causa da morte, que segundo a bióloga, pode ter sido diversos fatores, como mudanças climáticas, doenças naturais e contato com a atividade pesqueira. Com a coleta de tecido, dados do animal foram guardados no banco de informações para mapeamento genético em possíveis rastreamentos da espécie. 

“Outro procedimento seria a necrópsia, mas como o animal estava em estado de decomposição, inviabilizou. O animal foi enterrado e feito a coleta de tecido para guardar no banco de dados para ter informações de mapeamento genético. É uma espécie oceânica, não muito comum na costa. Vários motivos podem justificar o entalhamento do animal, que podem ser mudanças climáticas, doenças naturais, atividade pesqueira. Pode ter sido qualquer um desses motivos. Geralmente entre algum desses fatores, mas pode ter sido morte natural. Não temos como confirmar, mas o importante nesse processo é continuar o trabalho de campo sistemático, para que consigamos ter mais informações da biodiversidade aqui na região”, pontua a bióloga. 

O cachalote-pigmeu (Kogia breviceps) possui uma cabeça arredondada, a mandíbula pequena, lembrando a de tubarões e os dentes são encontrados apenas na parte inferior da boca, na mandíbula. O Instituto informa ainda que em caso de algum encalhe, entrar contato pelo número (86) 99968-0197.

Fonte: Portal A10+ com informações do Instituto Tartarugas do Delta