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Candidato ao governo do Piauí, Geraldo Carvalho defende desmilitarização da polícia

Em entrevista, professor fez duras críticas a Rafael Fonteles e Sílvio Mendes


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O professor Geraldo Carvalho, candidato a governador do Piauí pelo PSTU foi o terceiro sabatinado no Bancada Piauí nesta sexta-feira (26) na TV Antena 10. Na ocasião ele abordou as principais propostas de seu plano de governo e fez críticas aos planos de segurança pública dos candidatos Sílvio Mendes (UB) e Rafael Fonteles (PT).

Durante sua participação o candidato defendeu pautas como a desmilitarização da polícia e a descriminalização das drogas como política para diminuir a violência no estado. Com isso, ele também teceu críticas aos candidatos do União Brasil e do Partido dos Trabalhadores, em que se referiu como "o candidato do Karnak" e o "candidato do centrão".

  

Candidato ao governo do Piauí, Geraldo Carvalho defende desmilitarização da polícia
Anna Paula Couto/ A10+

   

"Essas duas medidas estão conjugadas e elas estão dentro dessa política de enfrentamento da violência. São três problemas graves [Desemprego, Fome e violência] no Piauí e que nós precisamos enfrentar. Os candidatos tradicionais, o candidato dos Karnak, da educação privada, e o candidato do centrão, o candidato preferido do Bolsonaro aqui no Piauí, eles estão propondo a mesma coisa, ou seja, continuar como está ou então mais polícia e mais armas, mais viaturas nas periferias e armas apontadas para a cabeça da juventude preta e pobre das periferias que passam fome que não tem assistência no estado. Não vamos repetir aquilo que já é feito há décadas a gente não resolve o nosso problema. Desmilitarizar a polícia. Significa exatamente o que está acontecendo na periferia é uma questão de saúde. Então nós precisamos investir em políticas públicas, políticas de geração de emprego, políticas de produção de alimentos, política de construção de habitação", declarou.

Educação

Para a educação, o candidato pretende dobrar, caso seja eleito governador, os investimentos destinados para área, com o reajuste dos salários dos professores e com a criação de um orçamento próprio e declarou que inadmissível que o orçamento destinado para a Universidade Estadual do Piauí seja menor que gastos com dos deputados na Assembléia.

"A educação ela precisa ser colocada na agenda como uma prioridade, não no discurso, na prática. Prioridade porque nenhuma sociedade, nenhum país que é desenvolvido sem investimento de forma aprofundada na educação, ciência e tecnologia. Nós temos aqui no Piauí uma universidade estadual e é lamentável que a nossa universidade não tenha uma estrutura capaz de atender com qualidade os 16 mil estudantes que poderia ser um número muito maior, que tem mil professores e mil servidores, mas que também é em quantidade insuficiente e tem um orçamento de duzentos e poucos milhões. Enquanto a Assembleia Legislativa tem um orçamento que é o dobro disso", completou Geraldo.

Combate à fome

Como proposta para diminuir a desigualdade social e combater a fome, o candidato coloca como proposta a implementação de uma reforma agrária.

  

Em entrevista, professor fez duras críticas a Rafael Fonteles e Sílvio Mendes
Anna Paula Couto/ A10+

  

"A agricultura familiar que sustenta o consumo de 70% da nossa população, não é o agronegócio, mas é o agronegócio que se beneficia dos privilégios do estado, da gestão fiscal, do crédito público, do investimento em infraestrutura e a agricultura familiar fica abandonada. Então é essa que nós precisamos privilegiar. Se nós quisermos enfrentar essa desigualdade imensa onde metade da população passa fome e sofre muitos tipos de privacidade nós precisamos intervir com força e não faremos isso sem o estado, não faremos isso sem reforma agrária", declarou.

Infraestrutura

Com foco principal na mobilidade urbana, o candidato propõe obras para melhorar a infraestrutura da cidade, como a criação de uma empresa de transporte que possa atuar de forma integrada para atender também as cidades do interior do estado.

"O estado não tem transporte… como é que você imagina que a juventude se desloca pra escola sem transporte público? Você vê a quantidade de pessoas de bicicleta disputando espaço com os carros, porque não tem ônibus em Teresina, porque a passagem é muito cara. Nós estamos propondo um plano de obras públicas que se identifique e a criação de uma empresa de transporte que possa atuar em Teresina de forma integrada com o metrô que possa atuar também nas cidades e ao redor de Teresina", finalizou.

Fonte: Portal A10+


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