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A decisão dos Estados Unidos de revogar os vistos de entrada no país para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não atingiu o ministro piauiense Kassio Nunes Marques. A medida anunciada, nesta sexta-feira (18), pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, se estendeu a oito ministros da Corte, mas deixou de fora apenas Luiz Fux, e os dois últimos indicados ao STF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, os ministros André Mendonça e Nunes Marques.
A revogação dos vistos, segundo Rubio, ocorre em resposta a uma suposta “caça política” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes e seus “aliados no tribunal”, conforme publicou em seu perfil oficial na rede X. Além de Moraes, a medida abrange Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Familiares próximos também foram atingidos.
Fellipe Sampaio /STF
Na publicação, o secretário afirmou que as ações do STF, como a imposição de tornozeleira eletrônica a Bolsonaro, seriam "táticas ditatoriais" e violariam liberdades fundamentais, inclusive de cidadãos norte-americanos.
"O presidente dos Estados Unidos deixou claro que seu governo responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura da liberdade de expressão protegida nos Estados Unidos. A caça às bruxas política do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos. Portanto, ordenei a revogação dos vistos de Moraes e seus aliados na corte, bem como de seus familiares próximos, com efeito imediato", escreveu.
A reação dos Estados Unidos veio horas após o ministro Alexandre de Moraes determinar uma série de medidas restritivas contra o ex-presidente, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, entrega de passaporte e proibição de deixar o país, no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado e os atos de 8 de janeiro de 2023. As medidas foram referendadas pela 1ª Turma do STF.
Fonte: Portal A10+ com informações do Migalhas