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Escalado para comandar a adequação do orçamento da União para 2023, o senador eleito, Wellington Dias (PT) garantiu um aumento de 1,4% do salário mínimo para o governo Lula em 2023. Além disso, Wellington Dias afirma que a equipe já trabalha para garantir o diálogo com o executivo para um ajuste no orçamento que será votado no Congresso Nacional neste ano.
Segundo Wellington Dias, o modelo de correção do salário mínimo será calculado de acordo com a inflação mais a média dos cinco anos anteriores da atividade econômica do país.
''Já tem previsibilidade pela inflação, mas o compromisso já do primeiro ano é de implementar a regra da média do PIB dos últimos cinco anos. Como houve queda, provavelmente vai ficar ai no patamar de 1.3, 1.4 de ganho real nesse primeiro ano. Mas precisa constar no orçamento. O reajuste do salário mínimo é também um fator econômico. Nós vamos ter foco no social, mas também na classe média. Porque é assim que impulsiona a industrialização'', relata Wellington Dias em entrevista ao Estúdio i.
O senador eleito defende que o Brasil passa agora por uma reconstrução muito mais complexa do que a de 2003, primeiro mandato de Lula na presidência do país. A ideia do governo eleito é garantir a manutenção de programas sociais, como o Auxílio Brasil.
''O desafio é grande. Em 2003 a gente abriu o ano com uma recessão, o país com um forte endividamento. A vantagem agora a dívida externa não é problema. Agora a gente tem uma sociedade dividida. Os 600 reais segue em condições de pagamento a partir de 1º de janeiro. Não há descontinuidade. O que a gente precisa é uma PEC. A necessidade de constar no orçamento, é isso que nós iremos garantir'', explica o senador eleito.
Wellington Dias também citou a área da Saúde e da Educação como fundamentais no programa do governo Lula. O petista citou programas como Farmácia Popular e apoio as universidades públicas.
''Vamos ter que fazer primeiro esse diagnóstico. A partir desses dados a gente tem como trabalhar mais com segurança dialogando com o Congresso Nacional, como executivo, com essa participação do Tribunal de Contas da União também. Somando é claro com lideres da área técnica da coordenação de transição. O objetivo é garantir que a gente tenha um ajuste nesse orçamento. Vamos ter que ter um olhar para todas as áreas'', finaliza.
Reprodução
Autorizado por Jair Bolsonaro para coordenar o processo de transição do atual governo, o ministro da Casa Civil Ciro Nogueira se reúne nesta quinta-feira (03) com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckimin, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman e Aloízio Mercadante para iniciar a transição entre os governos.
O período de transição, regulamentado pela lei 10.609/2002 e pelo decreto 7.221/2010, objetiva propiciar condições para que o candidato eleito, Lula, possa receber de seu antecessor, Bolsonaro, todos os dados e informações necessárias à implementação do programa do novo governo.
Fonte: Portal A10+
