Mãe de adolescente encontrada morta em matagal em Teresina denuncia arquivamento de inquérito: "tudo de mal fizeram com ela"

A defesa da família destaca que faltaram diligências no decorrer do inquérito policial e por isso vai solicitar a reabertura das investigações.

A mãe da adolescente Maria Rita de Cássia Santos e Silva, de 14 anos, que foi encontrada morta em um matagal em agosto do ano passado em Teresina, denunciou o arquivamento do inquérito policial do crime. Para a defesa da família, a investigação está incompleta e solicitará a reabertura do caso. 

O laudo pericial apontou a causa da morte por estrangulamento e o corpo da vítima foi localizado em estado esquelético. A jovem saiu de casa no dia 14 de junho de 2024 e foi achada 19 dias depois no matagal. Em entrevista à TV Antena 10, a mãe Conceição de Maria, pede justiça pela filha.

  

Mãe de adolescente encontrada morta em matagal em Teresina denuncia arquivamento de inquérito
TV Antena 10

   

“Eu fiquei sem chão , fiquei sem saber o que fazer e contei para os meus filhos desesperada. O caso da minha filha foi grave. O que aconteceu com ela não queria que acontecesse com filho de ninguém. Eu tenho certeza que minha filha sofreu muito. Minha dor é grande e não queria que minha filha, ela sofreu demais. O laudo que me deram  foi que ela foi estrangulada, mas o jeito que minha filha foi encontrada nesse matagal, ela estava como se fosse estuprada. Tudo de mal fizeram com ela. Eu não luto por outra coisa, só por justiça. É o que nós queremos. A dor é grande. Minha filha foi embora e a dor está maior também pelo arquivamento. Porque foi arquivado? Infelizmente não disseram mais nada sobre o caso da Maria Rita, só que estavam investigando. E a investigação que veio para mim, foi o ministério público me ligar dizer que já estava arquivado”, diz a mãe.

A defesa da família destaca que faltaram diligências no decorrer do inquérito policial e por isso vai solicitar a reabertura das investigações. 

“Durante a investigação, a assistência de acusação que é composta por inúmeras mulheres criminalistas que se colocaram à disposição para solucionar esse caso, foi identificado que não houve coleta das câmeras de segurança nas redondezas do percurso da vítima; nem todos os suspeitos foram ouvidos, suspeitos que foram apontados pela família e o celular da vítima que foi disponibilizado pela família, não foi periciado. A assistência de acusação tem que pedir o desarquivamento deste inquérito, municiando de novas provas nos quais a gente já está no encalço para que esse inquérito volte a ser analisado e termos um desfecho desta morte violenta da adolescente”, completa a advogada Rosemary Farias. 

  

Maria Rita
Divulgação