CCJ adia votação do novo Código Eleitoral e reabre disputa por voto impresso, liberdade e fundo partidário

Enquanto se fala em acabar com a reeleição para Presidente, governadores e prefeitos, alguns são introduzidos ao sabor das conveniências dos partidos

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou, na última quarta-feira (11), a análise do novo Código Eleitoral (PLP 112/2021) para o dia 9 de julho, abrindo prazo até 2 de julho para submissão de emendas. A decisão foi motivada pelo surgimento de mais de 349 emendas ao projeto e pela inclusão de dispositivos polêmicos — especialmente sobre voto impresso, “quarentena” para agentes públicos, limites à liberdade de expressão na propaganda eleitoral e o uso do fundo partidário. Na prática, enquanto se fala em acabar com a reeleição para Presidente, governadores e prefeitos, alguns "jabutis" são introduzidos ao sabor das conveniências dos partidos.

O relator, senador Marcelo Castro (MDB‑PI), apresentou recentemente seu sexto relatório — um “adendo” com mais de 500 páginas — e concordou com a necessidade de dialogar com líderes partidários para moldar um texto convergente. O presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD‑BA), sugeriu que cada partido envie um representante para negociar ajustes antes da votação.

  
CCJ adia votação do novo Código Eleitoral e reabre disputa por voto impresso, liberdade e fundo partidário
Reprodução
 
 
 

Principais focos do debate:

Contexto e próximos passos

O adiamento reforça o amadurecimento do projeto, mas coloca pressão temporal: o novo Código precisa passar na Câmara até setembro para valer em 2026. Especialistas argumentam que temas complexos como voto impresso e liberdade exigem regulamentação técnica e diálogo amplo no Congresso, em vez de decisões solitárias.