Os motoristas e cobradores de Teresina voltaram a deflagrar greve do transporte coletivo, na manhã desta segunda-feira (12). De acordo com Antônio Cardoso, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (SINTETRO), nenhum veículo sairá das garagens enquanto não houver acordo com o sindicato patronal. Ele pediu ainda paciência por parte da população para esperar o fim da paralisação.
Durante entrevista à TV Antena 10, o presidente do sindicato relatou que empresas da capital praticam uma série de irregularidades. Segundo ele, os trabalhadores não denunciam por medo de perder o emprego.
“Quando denunciam, a empresa demite. É um terror psicológico. A gente briga por ônibus novos, ônibus com ar condicionado e uma quantidade que seja relevante para a categoria, para a população não passar uma hora, duas, três horas na parada de ônibus”, afirmou.
A categoria reivindica reajuste salarial linear de 15%, ticket-alimentação de R$ 900 e auxílio-saúde de R$ 150. O sindicato afirma que, durante a pandemia, os trabalhadores perderam benefícios como plano de saúde e ticket, e ficaram sem reajuste nos anos de 2019, 2020 e 2021. Eles também criticam o risco de um dissídio coletivo, alegando que ele poderia manter o valor atual do subsídio municipal (R$ 1,25 milhão) sem garantir melhoria para os trabalhadores.
"A categoria está de braços cruzados esperando uma resposta dos patrões para que possam negociar uma situação que possa ficar bem para ambos, para que possa ser satisfatório para o empregado e para o patrão enquanto isso a população da cidade fica aguardando", disse o presidente.
Com aproximadamente 270 ônibus em operação no momento, ele reconhece que os moradores de Teresina estão enfrentando longas esperas, mas pediu compreensão por parte dos usuários até que os consórcios apresentem propostas que possibilitem o fim da greve.