A jornalista Vitória Pilar lança nesta sexta-feira (27) o livro "Prostituta é Comunidade", pela editora Arisca, onde mergulha nas experiências pessoais, histórias compartilhadas e na luta de Célia Gomes pela fundação da Aprospi (Associação das Prostitutas do Piauí), cuja força e resiliência são um exemplo para o ativismo em torno dos direitos humanos. O livro conta a trajetória de Célia, que dedicou sua vida à defesa dos direitos e do bem-estar das profissionais do sexo no estado. A obra é fruto de uma pesquisa jornalística realizada por Vitória , que entrevistou Célia e outras pessoas envolvidas na sua história.
A jornalista também fez um trabalho de campo na Vila Irmã Dulce, comunidade onde Célia ajudou a fundar no final da década de 90, vive e trabalha há muitos anos. "Esse é um livro que incomoda já no título. Incomoda quando se fala dele. Vai incomodar quando for visto na sua prateleira, quando a autora e sua biografada estiverem falando sobre isso nos mais diversos espaços mundo afora", assina professora de jornalismo e orientadora do trabalho Sônia Carvalho, no prefácio do livro.
"Certamente serão muitos desconfortos. Ouvir da Célia: 'eu não sou culta' me fez discordar. Ela é culta, transgressora e transformadora e hoje faz pelos nossos vulneráveis algo lindo e significativo, a começar pela quebra da dura sensação de solidão", O lançamento do livro será no dia 27 de outubro, no Maria Café (Rua Eletricista Guilherme, bairro de Fátima), das 16 às 20h. O evento contará com a presença da autora e biografada, que farão sessão de autógrafos.
O livro será vendido pelo valor de R$ 50,00. Quem quiser adquirir o livro também pode entrar em contato pelo número (86) 99462 3806, ou pela rede social da autora @vitoriasousapilar (Instagram).
Sobre a autora
Vitória Pilar é uma jornalista formada pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI). A autora de “Prostituta é comunidade” já recebeu premiações e menções honrosas pelas suas reportagens. Como repórter, atuou nas redações do Portal AZ, Portal G1 PI, O Estado do Piauí, Revista Piauí e Revista Revestrés. Sua produção na carreira científica, jornalística e na comunicação é amplamente voltada para denunciar e discutir os impactos da desigualdade social na vida de mulheres, a população negra, LGBTQIA+ e o meio ambiente.