Caixa começa a financiar imóveis de até R$ 2,25 milhões a partir de hoje com novas regras

Além da ampliação do teto, medida permite uso do FGTS em imóveis mais caros; banco já tinha aumentado para 80% a cota do financiamento

O financiamento de imóveis com o novo limite que passou de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões começa a valer a partir desta segunda-feira (20), na Caixa Econômica Federal. A medida faz parte de pacote lançado pelo governo federal que muda o uso da poupança para facilitar a compra da casa própria.

Com o novo teto, o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) passa a ter valor ampliado para abater parte do preço do imóvel, pagar parcelas ou quitar o empréstimo.

 

Caixa começa a financiar imóveis de até R$ 2,25 milhões a partir de hoje com novas regras
Marcelo Camargo / Agência Brasil
 

Pela nova regra, famílias com renda acima de R$ 12 mil poderão financiar imóveis de até R$ 2,25 milhões, com juros limitados a 12% ao ano.

A Caixa já havia começado a oferecer na última semana o crédito habitacional com financiamento de 80% do valor do imóvel, com entrada de 20%. Antes era de até 70%, com entrada de 30%.

O foco das mudanças é atender famílias de classe média que não se enquadram em programas como o Minha Casa, Minha Vida. Com isso, imóveis de médio e alto padrão são incluídos nas regras do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), que têm juros menores e permitem o uso do FGTS.

Segundo a Caixa, a expectativa é impulsionar o setor imobiliário e viabilizar mais de 80 mil novos financiamentos até 2026.

O que mudou

Para usar o FGTS

O saldo do FGTS ou os créditos futuros da conta podem ser utilizados para pagamento da casa própria.

Passo a passo para pedir o financiamento

Condições

Para o comprador

É preciso ter no mínimo três anos de trabalho sob o regime do FGTS, somando-se os períodos trabalhados, consecutivos ou não, na mesma ou em empresas diferentes.

Para o imóvel

Pode usar o FGTS para

Mercado

A Caixa lidera o crédito imobiliário, com 66,8% do mercado. Em 2024, o banco alcançou o valor de R$ 223,6 bilhões em contratações, maior volume já registrado em um único ano.

No primeiro semestre de 2025, atingiu R$ 875,5 bilhões no saldo da carteira de crédito e 369,1 mil imóveis financiados.