Ex-diretor, servidor e advogada são presos por vender visitas íntimas e empregos dentro de presídio

Conforme o MPES, o esquema foi implantado no período de novembro ao final de dezembro de 2022 por um ex-integrante da direção da unidade

Uma advogada, um ex-diretor e um servidor público foram presos, nesta sexta-feira (09), suspeitos de vender postos de trabalho e benefícios em uma penitenciária de Viana, na Grande Vitória, Espírito Santo. A Operação Philia foi deflagrada pelo Ministério Público do Espírito Santo. 

De acordo com o Ministério Público, a Operação apura um esquema de fatos criminosos ocorridos em duas galerias da penitenciária. Entre os atos, estão a venda de empregos e benefícios aos presos, como visitas íntimas e ligações. As investigações iniciaram quando um preso disse que pagou, por intermédio de familiares, cerca de R$ 8 mil para conseguir um emprego na cozinha.

  
Ex-diretor, servidor e advogada são presos por vender visitas íntimas e empregos dentro de presídio Divulgação/ MPES
 
 
 

Conforme o apurado pelo MPES, o esquema foi implantado no período de novembro ao final de dezembro de 2022 por um ex-integrante da direção da unidade, que envolvia liberações de ligações, visitas assistidas e íntimas a diversos presos. Um servidor e a esposa de um dos presos eram responsáveis por negociar os benefícios por valores pagos em espécie. 

Ainda segundo o órgão, os valores variavam de acordo com o poder econômico dos presos e se a pessoa era ou não da facção do denunciado, que poderia ficar com uma parcela do pagamento. Os benefícios também eram vendidos por meio de ameaças, retaliações ou imposição de sanções disciplinares infundadas.