O agente penitenciário federal, Jorge José da Rocha Guaranho, invadiu a festa de aniversário do guarda municipal Marcelo Arruda e o matou com três tiros na noite deste sábado (9), em Foz do Iguaçu, no Paraná.
Marcelo Arruda era tesoureiro do Partido dos Trabalhadores no município e comemorava seu aniversário de 50 anos junto a amigos e familiares em uma festa com bandeiras do ex-presidente Lula.
Segundo as testemunhas, o agente penitenciário invadiu a festa gritando Bolsonaro, mito e xingamentos, sacou uma arma afirmando que mataria a todos na festa. A mulher de Guaranho, com um filho no carro, gritava e pedia para irem embora do evento. Depois de uma rápida discussão, ele saiu do local e prometeu voltar para “uma chacina”.
Marcelo Arruda, que possuía 30 anos de atuação na Guarda Municipal teria dito aos amigos: “vai que esse maluco volta, por via das dúvidas vou pegar minha arma no carro”.
A festa prosseguiu por mais 20 minutos até que o bolsonarista voltou e invadiu o local de arma em punho. Marcelo identificou-se como guarda municipal, mostrando seu distintivo e já com sua arma nas mãos, mas de nada adiantou. Guaranho disparou duas vezes.
O primeiro tiro foi na perna de Marcelo Arruda, que caiu. Guaranho então se aproximou e deu outro tiro nas costas de Marcelo.
Nas redes sociais, o ex-presidente Lula (PT) lamentou o caso e prestou condolências aos amigos e familiares da vítima. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também se pronunciou sobre o caso.
O guarda municipal conseguiu virar-se e deu cinco tiros no bolsonarista. Segundo um amigo de Marcelo, “com sua reação, ele conseguiu evitar uma chacina, foi um herói”.
Guaranho foi internado em hospital da cidade e, segundo o portal H2Foz, também acabou morrendo na manhã deste domingo (10).
Marcelo Arruda era tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, foi candidato a vice-prefeito nas eleições de 2020 e diretor do sindicato municipal de servidores. Deixa a mulher e quatro filhos (uma filha de seis anos e um bebê de um ano).