O Governo do Piauí vai participar da COP 30, que ocorre no período de 10 a 21 de novembro, em Belém, no Pará. Para o evento, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) vai apresentar um conjunto de programas que colocam o estado na vanguarda da ação climática brasileira, da transição energética à recuperação de solos degradados, da adaptação no semiárido à criação de mecanismos de financiamento verde.
Entre as ações que ganham destaque está o Plano de Ação Climática do Estado do Piauí (PLAC PI), que define metas de mitigação de emissões e adaptação territorial em consonância com o Acordo de Paris. O documento reúne setores como energia, agricultura, uso da terra e biodiversidade, unindo sustentabilidade e desenvolvimento econômico em um mesmo eixo.
Ascom/Semarh
“O Piauí mostra que governar para o clima é governar para as pessoas. Cada uma dessas ações traduz o compromisso de alinhar sustentabilidade, geração de renda e desenvolvimento regional. É o Federalismo Climático em prática”, afirma o secretário de Meio Ambiente, Feliphe Araújo.
O estado apresentará seus avanços na transição energética, com mais de 90% da matriz elétrica composta por fontes renováveis. Projetos de hidrogênio verde, armazenamento energético e industrialização limpa se somam à formação técnica e à inclusão produtiva, impulsionando uma nova economia de baixo carbono.
Outro ponto central, segundo o secretário, é o ICMS Ecológico, que destina cerca de R$ 120 milhões por ano a municípios que investem em conservação ambiental, recuperação de áreas degradadas e gestão hídrica. A iniciativa premia boas práticas e fortalece o protagonismo municipal na agenda climática. O Programa REDD+ Jurisdicional, desenvolvido com o Ministério do Meio Ambiente e parceiros internacionais, também será apresentado como modelo de economia verde, ao promover a conservação florestal, gerar créditos de carbono e renda para comunidades locais.
No Semiárido, o Piauí mostrará os resultados do Plano Estadual de Combate à Desertificação, que incentiva agroflorestas, captação de água de chuva, barragens subterrâneas e revegetação de áreas degradadas. A Semarh ainda apresentará as ações integradas de adaptação na Caatinga, com foco em segurança hídrica, restauração de matas ciliares e ampliação do sistema de monitoramento de eventos climáticos extremos, iniciativas que protegem mais de um milhão de hectares de Unidades de Conservação e fortalecem o papel do bioma na regulação climática.
“O Piauí chega à COP 30 com a convicção de que a política climática é também uma política de desenvolvimento. Estamos construindo um futuro em que a economia verde gera oportunidades, protege o meio ambiente e melhora a vida das pessoas”, resume Feliphe Araújo.