Em 10 anos, produção de mel no Piauí quase triplica e estado passa a ser o 2º maior produtor do país, diz IBGE

O Piauí ficou atrás apenas do Rio Grande do Sul, que produziu 9.111,3 toneladas, superando a produção piauiense em 281,5 toneladas

A produção de mel no Piauí em 2014 foi de 3.249,5 toneladas e em 2023 atingiu 8.829,8 toneladas, um aumento na produção da ordem de 5.580,3 toneladas, o equivalente a um incremento de 171,7% no período. Com o aumento da produção o estado saiu de  6º para o 2º maior produtor de mel do Brasil. As informações são da Pesquisa da Pecuária Municipal - PPM 2023, do IBGE, divulgada nesta quinta-feira (19).

Os dados mostram que o Piauí ficou atrás apenas do Rio Grande do Sul, que produziu 9.111,3 toneladas, superando a produção piauiense em 281,5 toneladas. No Brasil, em 10 anos, a produção brasileira de mel saltou de 38.481,4 toneladas em 2014 para 64.188,9 toneladas em 2023, um incremento de 66,8%.

  

Produção de mel em toneladas no Piauí
IBGE

   

A produção de mel do Rio Grande do Sul, o maior produtor de mel do país, com suas 9.111,3 toneladas, representava 14,2% da produção nacional, e a do Piauí, com suas 8.829,8 toneladas, representava 13,8% do total da produção do país. Na sequência vinham o Paraná, com 8.488,4 toneladas (13,2%), Minas Gerais, com 6.862,9 toneladas (10,7%), e o Ceará, com 5.703,6 toneladas (8,9%). 

Em 10 anos, a  produção de mel no Piauí saltou de R$ 20,6 milhões em 2014 para R$ 106,9 milhões em 2023, um aumento de R$ 86,3 milhões no período, o que representa um aumento de 418,9%. No Brasil, a produção de mel em 2014 foi de R$ 315 milhões, elevando-se para R$ 908 milhões em 2023, um aumento de 188,27% no período. O valor da produção de mel do Piauí representava 11,77% do valor total da produção nacional em 2023.

  

Participação das Unidades da Federação na produção de mel
IBGE – Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM)

   

São Raimundo Nonato e Picos são os maiores produtores de mel no Piauí 

Entre os municípios do Piauí com maior produção de mel, Sao Raimundo Nonato ocupa a primeira posição, com 916,6 toneladas, o equivalente a 10,38% da produção total do Piauí. Na sequência vem o município de Picos, com 672,8 toneladas, que representa 7,62% da produção do estado. 

Comparando com os municípios de todas as unidades federativas, São Raimundo Nonato foi o município que registrou a quarta maior produção de mel no Brasil e Picos, a nona maior produção. No Brasil, os municípios que apresentaram a maior produção foram Santana do Cariri (CE), com 1.187,7 toneladas; Arapoti (PR), com 1.051,5 toneladas; e Santa Luzia do Paruá (MA), com 1.045 toneladas.

  

Municípios com a maior produção de mel no Piauí - 2023
Fonte: IBGE – Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM)

   

Em 2014, São Raimundo Nonato teve uma produção de mel equivalente a 20 toneladas, que o colocava na 384ª posição entre os municípios produtores do país, e em 2023 apresentou uma produção de 916,6 toneladas (4ª. posição), o que representou um crescimento de 4.483% no período de 10 anos. 

Já Picos, em 2014 tinha uma produção de 239 toneladas, que o colocava na 14ª. posição entre os maiores produtores do país, tendo passado para 672,8 toneladas em 2023, registrando um crescimento de 181,5% no período, o posiciona como 9º maior produtor do país.

  

Em 10 anos, produção de mel no Piauí quase triplica
Reprodução

   

No Piauí, 140 municípios registraram produção de mel em 2023 e 14 deles estão entre os 50 maiores produtores de mel no país. Após São Raimundo Nonato e Picos, os municípios com maior destaque na produção de mel no estado foram: Itainópolis, com 387,4 toneladas; Anísio de Abreu, com 379,9 toneladas; Conceição do Canindé, com 365,5 toneladas; Simplício Mendes, com 347,7 toneladas; Simões, com 237,2 toneladas; Bonfim do Piauí, com 231,4 toneladas; Jacobina do Piauí, com 230,6 toneladas; e Jaicós, com 213,2 toneladas.

Em termos de valor da produção, São Raimundo Nonato alcançou R$ 12,83 milhões, o que representava 12% do valor total da produção de mel do Piauí. Na sequência vinham Picos, com R$ 6,66 milhões (6,23%); e Anísio de Abreu, com R$ 5,32 milhões (4,97%).