Piauí registra redução de queimadas após início da portaria que proíbe uso do fogo

Dados do Inpe apontam que, entre os dias 15 e 31 de agosto, foram registrados 955 focos no estado, contra 1.061 no mesmo período de 2024

O Piauí reduziu o número de incêndios florestais. Nos primeiros quinze dias de vigência da portaria estadual que proíbe queimadas, assinada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), houve uma redução de 11% no número de focos de calor em relação ao mesmo período do ano passado.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que, entre os dias 15 e 31 de agosto, foram registrados 955 focos no estado, contra 1.061 no mesmo período de 2024. A queda é atribuída à intensificação das ações de fiscalização e educação ambiental realizadas pela Semarh.

 

Piauí registra redução de queimadas após início da portaria que proíbe uso do fogo
Fábio Rodrigues Pozzebom
 

“Estamos mostrando que prevenção dá resultado. O esforço das nossas brigadas, as campanhas educativas e a proibição de queimadas começam a se traduzir em menos incêndios e mais áreas preservadas. Mas não podemos relaxar. Setembro exige ainda mais atenção e nosso compromisso é seguir firme nessa frente de combate”, afirmou o secretário do Meio Ambiente, Feliphe Araújo.

Cenário nacional também apresenta queda

No Brasil, o mês de agosto registrou o menor número de queimadas desde o início do monitoramento do Inpe, em 1998. Foram contabilizados 17.943 focos, número 62% abaixo da média histórica para o mês (47.348) e 16% inferior ao recorde anterior, de 2013, quando houve 21.410 ocorrências.

Segundo especialistas, o resultado é reflexo de diferentes fatores: condições climáticas mais favoráveis em algumas regiões, antecipação de medidas preventivas pelo Ministério do Meio Ambiente e maior engajamento dos estados. No Piauí, as ações incluíram ampliação do número de brigadas, intensificação de operações de campo e fortalecimento de campanhas de conscientização junto à população rural.

Apesar da redução, autoridades e especialistas reforçam que o desafio permanece. Setembro é historicamente o mês mais seco do ano em grande parte do país, o que aumenta o risco de queimadas. Por isso, o alerta segue ativo e o trabalho de combate precisa ser mantido para que os índices continuem em queda.