A reativação do aeroporto de Fronteiras, no sul do Piauí, foi tema de reunião entre a presidência da Investe Piauí, representantes da Metal Mecânica, o deputado estadual Georgiano Neto e o prefeito Eudes Ribeiro. O objetivo é impulsionar a logística da empresa, que emprega mais de 400 piauienses com atuação regional. O encontro ocorreu no Hub Investe Piauí no último final de semana.
O presidente da Investe Piauí, Victor Hugo Almeida, destaca a importância estratégica da pauta. Segundo ele, a reativação do aeródromo é considerada estratégica não apenas para a empresa Metal Mecânica, mas também para o desenvolvimento econômico regional, facilitando o escoamento de serviços e mercadorias, além de fortalecer a conexão entre os centros industriais e as cidades do interior piauiense.
“Recebemos uma grande empresa que emprega mais de 400 piauienses e que hoje tem bastante interesse que o aeroporto de Fronteiras seja operacionalizado, para que piauienses possam ser levados para os diversos sítios industriais da empresa”, explicou o presidente.
Segundo Victor Hugo, a Investe Piauí atuará como articuladora entre os entes envolvidos. “A Investe Piauí é porta de entrada dessas demandas e vamos levá-las aos órgãos envolvidos, principalmente à Secretaria de Transportes, que tem a responsabilidade por esse pleito. O passo seguinte é discutir com a Setrans a fase inicial da retomada das obras, que já estão no cronograma de execução da Secretaria”, afirmou.
O diretor operacional da empresa Metal Mecânica, Juliano Denvers, detalhou os desafios enfrentados pela companhia na logística de transporte de seus trabalhadores e defendeu a urgência da reativação do aeroporto. “Temos uma aeronave particular que faz o que chamamos de folga de campo, levando colaboradores para casa. Hoje, usamos a estrutura do aeroporto de Teresina e de Juazeiro do Norte, mas de Juazeiro até Fronteiras são mais de 50 horas de viagem de ônibus. Isso torna a logística muito complexa”, relatou.
Além do transporte, a empresa também tem planos de investir na formação de mão de obra local. Denvers diz que a ideia é implantar uma escola profissionalizante na região de Fronteiras, abrangendo municípios como São Julião e Alegrete, para preparar e contratar trabalhadores para o setor.
“Mas tudo isso depende da viabilidade logística. Sem um lugar para pousar, fica difícil avançar. Segundo o deputado Georgiano, a verba já existe e está faltando a autorização do governo para iniciar. Porque a prefeitura já fez a limpeza e segurança de cerca, agora falta a parte do asfalto e da pavimentação, balizamento e abastecimento”, finalizou o diretor.