Silvio Mendes afirma que vai apresentar até o final de fevereiro soluções para o sistema de transporte coletivo de Teresina

O gestor também ressaltou que irá revisar a dívida com as empresas, que não seria de R$ 200 milhões, mas, sim de cerca de R$ 131 milhões

O prefeito de Teresina, Silvio Mendes estabeleceu que até o final de fevereiro irá apresentar soluções para a precariedade do sistema de transporte coletivo da capital.  Nesta semana, durante as discussões sobre as mudanças no setor, o gestor afirmou que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) chegou a sugerir um valor de R$ 9,80 da passagem dos ônibus. Ele declarou que essa cobrança seria inviável e antecipou que qualquer mudança será estudada por várias instituições.

O gestor mencionou que será realizado um levantamento detalhado sobre o funcionamento do setor. O estudo incluirá a quilometragem percorrida pelos ônibus, a frequência das linhas e a demanda da população. “Vamos analisar a quilometragem, a frequência dos ônibus pelas vias, se atende à população e quantos ônibus são necessários. São questões que não podem esperar”, afirmou. 

Prefeito Silvio Mendes
Divulgação

   

A atual gestão também irá revisar a dívida com as empresas de transporte, mas manterá os compromissos assumidos pela administração anterior. Segundo o gestor, a dívida total não é de R$ 200 milhões, como foi divulgado, e que o valor repassado nos últimos anos para o setor foi de aproximadamente R$ 131 milhões.

“As empresas mencionaram uma dívida que hoje estaria passando de R$ 200 milhões, mas não é, garanto que não é. O subsídio repassado é de cerca de R$ 131 milhões. Esse foi o dinheiro público empregado no sistema. O que a prefeitura tem é uma conta que não foi feita por mim, mas que eu vou cumprir. São pagos R$ 4 milhões e 750 mil por mês. Repito, será transferido apenas para a empresa que colocar ônibus na rua. Quem não colocar, não recebe”, destacou.

Outro ponto abordado pelo prefeito foi a revisão do valor da passagem. “Há um check-list que precisa ser feito, calculando várias variáveis. De acordo com o cálculo do Tribunal de Contas do Estado, o valor da passagem é muito alto e a população não pode pagar. É preciso chegar a um consenso, onde todos cedam, seja o empresário, seja a prefeitura, levando em consideração a capacidade de fornecer subsídios para que não haja aumento da tarifa, entendendo que a maioria da população é de baixa renda. Vamos chamar o Ministério Público, o Tribunal de Contas, a Câmara Municipal, o setor produtivo e os usuários para discutir e apresentar o que é possível fazer”, declarou.