O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quarta-feira (26), o projeto que isenta do IR (Imposto de Renda) quem recebe até R$ 5.000. Com o ato, fica confirmado que o benefício vale a partir de 2026.
Além do imposto zero para a faixa de renda, a mudança também prevê um benefício gradual para faixas entre R$ 5.001 a R$ 7.350.
Na cerimônia, Lula agradeceu a participação de ministros e classificou o apoio ao benefício no imposto de renda como uma forma de que o país continue “acreditando na política e na democracia”.
“Temos apenas que aprender a nos respeitar, a conversar, encontrar caminho do meio que possa não atender a um e outro, mas a todos”, afirmou Lula.
A redução do imposto confirma uma das principais promessas de campanha de Lula nas últimas eleições, e deve alcançar cerca de 24 milhões de pessoas, segundo as estimativas do projeto durante análise do Congresso.
A proposta foi alvo de disputa política, tanto na Câmara quanto no Senado, pela condução dos relatores. Arthur Lira (PP) e Renan Calheiros (MDB) são rivais políticos em Alagoas e levaram trocas de farpas durante as etapas de análise em cada uma das Casas. Os dois sentaram em lados opostos durante o evento.
Ausência de Motta e Alcolumbre
A má fase do governo com o Congresso também marcou a cerimônia de sanção, conforme antecipou o R7.
Mesmo convidados, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), optaram por não participar do evento. Ambos estão insatisfeitos com líderes do PT que participam diretamente das negociações com Lula.
A ausência de ambos foi comentada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, durante abertura da cerimônia. A fala teve um tom de aproximação aos representantes do Congresso.
“A ausência dos presidentes [Motta e Alcolumbre] em nada ofusca a importante condução e apoio que tiveram a essa matéria”, disse.
Motta comentou a sanção da proposta por rede social, afirmando que o texto aprovado por deputados saiu “ainda melhor” do que a versão enviada pelo governo.