Governo vai investir R$ 5,5 bi em universidades e hospitais universitários, diz ministro da Educação

Segundo Camilo Santana, governo vai criar dez novos campi e reforçar infraestrutura de universidades federais do país

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que o governo federal vai investir R$ 5,5 bilhões em universidades e hospitais universitários de todo o país. O informe ocorreu nesta segunda-feira (10) durante cerimônia com reitores das universidades e dos institutos federais, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. Os recursos, oriundos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), vão ser usados, por exemplo, para a criação de dez novos campi e em melhorias na infraestrutura das 69 universidades federais que já existem no país.

Segundo o ministro da Educação, o investimento vai ser dividido da seguinte maneira: R$ 3,17 bilhões em ações de consolidação, R$ 600 milhões em ações de expansão e R$ 1,75 bilhões em ações para hospitais universitários.

  

O ministro da Educação, Camilo Santana
Reprodução

   

A expansão universitária, com a criação dos dez novos campi, será feita nas seguintes cidades: São Gabriel da Cachoeira (AM), Cidade Ocidental (GO), Rurópolis (PA), Baturité (CE), Sertânia (PE), Estância (SE), Jequié (BA), Ipatinga (MG), São José do Rio Preto (SP) e Caxias do Sul (RS).

De acordo com o governo federal, “as localidades foram escolhidas com o objetivo de ampliar a oferta de vagas da educação superior em regiões com baixa cobertura de matrículas públicas na educação superior”.

“A ampliação vai resultar em 28 mil novas vagas para estudantes de graduação. Cada obra custará R$ 60 milhões, sendo R$ 50 milhões destinados à construção de laboratórios, salas de aula, biblioteca, administração, restaurante e ambientação urbanística; e R$ 10 milhões para aquisição de equipamentos, totalizando um investimento de R$ 600 milhões. Os campi oferecerão seis cursos, cada, para 2.800 estudantes. Para isso, serão contratados 388 servidores por unidade”, informou o Executivo.

Em relação aos hospitais universitários, Santana informou que são 37 obras, distribuídas em 31 instalações. Dessas, oito são novas (Pelotas, Juiz de Fora, Acre, Roraima, Rio de Janeiro, Lavras, São Paulo e Cariri).

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou, ainda, a bolsa permanência para estudantes quilombolas e indígenas. Agora, são 5.600 novas vagas para atendimento. Ao todo, 13 mil alunos recebem o benefício. O aporte, neste ano, é de R$ 233 milhões.

Complementação de recursos

Na cerimônia, o governo anunciou também a complementação de R$ 400 milhões para custeio das universidades federais para esse ano, sendo R$ 279 milhões para universidades e R$ 120 milhões para institutos federais. Essa era umas das reivindicações dos servidores públicos, que pressionam a gestão federal em meio à greve. Os orçamentos das instituições para este ano são de R$ 6,3 bilhões e R$ 2,7 bilhões, respectivamente.

Em discurso no evento desta segunda, a presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) e reitora da Universidade de Brasília, Márcia Abrahão, disse que a complementação é um “alento”.

“Esperamos que o orçamento de 2025 nos coloque em condições de atender o presente e planejar um futuro melhor. O PAC, aqui anunciado, certamente é um alento. Vai atender as obras novas, tão necessárias, e como o senhor anunciou, alguma expansão, além dos hospitais universitários”, afirmou a reitora da UnB.