O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro) informou que os motoristas e cobradores vão deflagrar greve no transporte coletivo no próximo dia 21 de março (Veja o posicionamento do Setut ao final desta reportagem).
Ao A10+, o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, informou que a greve ocorrerá por tempo indeterminado até que os empresários ligados ao Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) atendam as reivindicações da categoria.
“Ficou acertado em assembleia que os trabalhadores vão deflagrar greve. Não é mais um problema só nosso, mas também das comunidades e políticos e entidades e associações. Nós estamos mendigados cestas básicas e fazendo vaquinhas”, explicou.
Ainda de acordo com o sindicalista, a classe quer que os empresários do transporte público assinem a convenção coletiva, que está há três anos sem ser firmada, com reposição salarial e o retorno de benefícios como o plano de saúde e tiquete de alimentação.
Se o documento for referendado, o Sintetro afirmou que vai se comprometer a não iniciar nenhum novo movimento grevista neste ano.
“As empresas hoje não cumprem o que está na CLT, passam por cima, mas agora temos um jurídico, e vamos encaminhar todas as denúncias para a Procuradoria do Trabalho. Tem motorista que ganha R$ 500 reais e cobradores que recebem R$ 300. A gente trabalha e precisa ganhar igual, é a mesma carga horária e tem que ganhar igual”, destacou.
O que diz o SETUT
Em nota encaminhada ao A10+, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) lamentou a greve anunciada pelos trabalhadores e destacou que tem participado de mesas de negociações. Veja abaixo na íntegra:
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) lamenta, profundamente, a greve anunciada pelo Sintetro, e informa que tem participado de mesas de negociações e propostas junto à Superintendência Regional do Trabalho no Piauí e da Superintendência Municipal de Transportes, buscando solucionar as demandas trabalhistas de motoristas e cobradores de ônibus, como também o recebimento por parte das empresas e vindo da Prefeitura, das gratuidades que passam mensalmente pelas catracas, a fim de poder repassar algo para os colaboradores do sistema.
O Sindicato Patronal segue à disposição e aberto para o diálogo com os trabalhadores e com a Prefeitura, a fim de solucionar as dificuldades do setor destacando que o objetivo principal de ambos os lados, deve ser o atendimento das demandas dos passageiros.
A greve não é no momento, o melhor caminho.