O Brasil confirmou o favoritismo e foi escolhido para sediar a Copa do Mundo Feminina 2027. Esta será a primeira vez da história que um país sul-americano vai receber o mundial do futebol feminino. A decisão foi anunciada na madrugada desta sexta-feira (17), no Congresso da Fifa, na Tailândia.
No total, 211 associações nacionais de futebol participaram da votação, que somou 119 votos para o Brasil e 78 para o consórcio europeu formado por Holanda/Alemanha/Bélgica. O projeto brasileiro já tinha levado vantagem durante a visita da Fifa ao país em fevereiro deste ano. No relatório, divulgado no início de maio, o Brasil recebeu uma pontuação mais alta do que Bélgica, Holanda e Alemanha. Em uma escala de 1 a 5, o nosso país ficou com nota 4, contra 3,7 da candidatura europeia.
Nos jogos do mundial feminino, o Brasil vai aproveitar os estádios de dez capitais, que já foram usados na Copa do Mundo Masculina em 2014. São eles: Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Mané Garrincha), Cuiabá (Arena Pantanal), Fortaleza (Arena Castelão), Manaus (Arena da Amazônia), Porto Alegre (Beira-Rio), Recife (Arena de Pernambuco), Rio de Janeiro (Maracanã), Salvador (Arena Fonte Nova) e São Paulo (Arena Corinthians). Além disso, o Brasil propôs que a abertura e a grande final aconteçam no Maracanã.
A candidatura brasileira foi divulgada em dezembro de 2023 e tem como slogan “Natural como o Futebol”. Marta, camisa 10 da seleção feminina e eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, foi uma das protagonistas de um vídeo institucional.
Diante de duas desistências na disputa para ser o país sede (África do Sul e EUA/México), o Brasil ganhou mais força e, além disso, deixou ótima impressão durante a visita da Fifa ao país, devido à infraestrutura, à força do comércio nacional, e ao comprometimento com o mundial.
O futebol feminino vem se desenvolvendo e ganhando destaque nos últimos anos no Brasil, o que reforça a escolha do país como sede da Copa 2027. Além do crescimento de grandes equipes, jogadoras brasileiras têm sido alvo de clubes estrangeiros, como, por exemplo, a recente saída da zagueira Tarciane do Corinthians para o Houston Dash, nos EUA. A transação se tornou a terceira maior da história do futebol feminino.