Em meio às críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à versão aprovada do projeto de lei Antifacção, pela Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), reagiu nas redes sociais. Segundo ele, “o governo optou pelo caminho errado ao não compor essa corrente de união para combater a criminalidade”.
Em publicação no X (antigo Twitter), Motta afirmou que não se pode “desinformar a população, que é alvo diariamente do crime, com inverdades”. Para ele, “é muito grave que se tente distorcer os efeitos de um Marco Legal de Combate ao Crime Organizado cuja finalidade é reforçar a capacidade do Estado na segurança pública”.
“Repito: segurança não pode ser refém de falsas narrativas. O governo votou contra a aprovação da última versão”, concluiu.
A proposta foi apresentada pelo governo federal, mas relatada pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), que apresentou seis versões diferentes do parecer e alterou boa parte da redação original.
Mais cedo, o presidente Lula criticou a versão que foi aprovada. Segundo o petista, o texto “enfraquece o combate ao crime e gera insegurança jurídica”.
Em sua fala, Lula afirmou que o Senado deve valorizar o diálogo e a responsabilidade durante a análise do projeto, que agora segue para a Casa, “para que o Brasil tenha de fato instrumentos eficazes no enfrentamento às facções criminosas”.
Uma das críticas dos governistas é que o texto aprovado pelos parlamentares descapitaliza a Polícia Federal, prejudicando as investigações do órgão.