Bebê de oito meses morre e mulher é internada na UTI após suspeita de açaí envenenado

Ambas passaram mal após consumirem o alimento, deixado na casa da família como um presente em 14 de abril

Um bebê de oito meses morreu e sua prima de segundo grau, de 50 anos, foi internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ambas por suspeita de envenenamento, em Natal (RN).

Segundo a família, ambas passaram mal após consumirem açaí com granola que a mulher, Geisa de Cássia Tenório Silva, ganhou como presente, deixado na casa dela por um motoentregador em 14 de abril.

  
Bebê de oito meses morre e mulher é internada na UTI após suspeita de açaí envenenado Reprodução/Terra
 
 
 

Yohana Maitê Filgueira Costa morreu na Unidade de Pronto Atendimento de Cidade da Esperança. Geisa está entubada e em estado grave na UTI do Hospital Regional de Macaíba.

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PC-RN) confirmou que investiga o caso. A corporação informou que o alimento consumido foi encaminhado para a análise toxicológica e que aguarda laudos periciais para confirmar a possibilidade de envenenamento.

"Existe a possibilidade de envenenamento, contudo, qualquer afirmação nesse sentido, neste momento, seria precipitada", afirmou a PC-RN. "Testemunhas foram ouvidas e a Polícia Civil segue acompanhando o caso para dar continuidade à apuração dos fatos".

Um dos filhos de Geisa, Yago Smith, relatou ao portal UOL que a família recebeu encomendas, todas levadas por motoentregadores, por três dias consecutivos. Em 13 de abril, a mulher recebeu um urso de pelúcia e chocolates de origem desconhecida, consumiu o alimento e nada aconteceu.

Em 14 de abril, Geisa recebeu outra entrega, desta vez de açaí com granola. Ela consumiu o alimento e dividiu a granola com Yohana. Em seguida, ambas passaram mal e foram socorridas. O bebê morreu ainda na ambulância, enquanto a mulher recebeu alta após medicação.

Em 15 de abril, Geisa acordou recebeu uma nova entrega de açaí com granola, consumiu o alimento e passou mal em cerca de 15 minutos. Àquela altura, a família ainda não relacionava a morte da criança e o mal-estar da mulher da noite anterior com as entregas.

A partir dos sintomas apresentados por Geisa, os médicos orientaram a família a procurar a polícia. A mulher estava suando, tremendo as mãos e soltando espuma pela boca.