Fernando OIG participa da CPI das Bets, reafirma legalidade e esclarece: "Eu não sou o dono do tigrinho"

Na CPI, o empresário da área de tecnologia contou um pouco da sua história, case de sucessos e atuação no mercado

O empresário Fernando Oliveira Lima, conhecido como "Fernandin OIG", participou e prestou depoimento na CPI das Bets nesta terça-feira (26), no Senado Federal. A Comissão Parlamentar de Inquérito das Bets investiga o vício nas apostas on-line e a atuação do crime organizado. Fernando respondeu os questionamentos da Senadora Soraya Thronicke, responsável pelo requerimento convocatório e negou ser o dono ou qualquer ligação com o aplicativo de apostas Fortune Tiger, mais conhecido como “Jogo do Tigrinho”.

Na CPI, o empresário da área de tecnologia contou um pouco da sua história, case de sucessos, atuação no mercado, destacando que seus sites de jogos na One Internet Group (OIG) foram regularizados pelo Ministério da Fazenda. 

  

Empresário Fernando OIG participa da CPI das Bets, reafirma legalidade e esclarece: "Eu não sou o dono do tigrinho"
TV Senado

   

“Em meados de 2023 fui procurado para prestar serviços a empresas de apostas aqui no Brasil e comecei a prestar serviços a empresas de apostas como qualquer outro vínculo de mídia no Brasil, como Tvs, rádios; comecei exibindo mídias de bets dentro dos meus aplicativos e de lá para cá eu vi que era um mercado que já estava dentro de trativas de regulamentação, votação e de eu meio que dei uma atenção para esse setor. Como minha empresa é de tecnologia, a gente tem que está atentado  com o que está rolando no mundo”, disse. 

O A10+ apurou que o depoimento do empresário milionário era considerado essencial para "esclarecer as operações de sua empresa e as estratégias adotadas para divulgar o jogo”, uma vez que a OIG “é suspeita de facilitar operações de apostas online, o que levanta preocupações sobre possíveis práticas ilícitas e lavagem de dinheiro.” Ele respondeu os questionamentos e reafirmou que não é dono do tigrinho e que sites falsos é que provocam o problema em torno da temática. 

“Eu não sou o dono do tigrinho. Eu queria dizer para todos dessa casa e para o Brasil que estão ao vivo, eu não sou o dono do tigrinho. Até depois dessa narrativa que foi colocada na mídia, reforcei minha equipe de segurança pois não posso pelo  dono do tigrinho. Eu não sou o dono do tigrinho, quero deixar bem claro para vocês”, pontua. 

A Senadora Soraya Thronicke pontuou que a COAF detectou movimentações suspeitas entre as empresas de Fernando Oliveira, dentro de um rol de pagamentos apurados pela Polícia de São Paulo em uma investigação de lavagem de dinheiro das Bets, que para a polícia, teria sido atípica. A senadora questionou ainda o fato dele ter dito que não tinha nenhum negócio ou relação com o tigrinho, mas a plataforma aparece dentro de seus sites.

  

Fernando OIG presta depoimento na CPI das Bets
TV Senado

   

“O Fortune Tiger, o famoso tigrinho, ele é um jogo desenvolvido pela RPG Soft no qual a gente tem um agregador de serviço, onde a gente paga o serviço e ele disponibiliza esses jogos aí na nossa plataforma. É um jogo online. O problema desses jogos que saem na mídia é o problema do jogo falso, do jogo ilegal, onde nenhum órgão do Brasil tem controle. Esse aqui (do seu site) se você fizer uma aposta agora, a Fazenda (Ministério) está sabendo agora quanto você apostou, é todo interligado, o governo vai ter todo o controle”, disse. 

A CPI das Bets também aprovou a convocação de vários artistas e influenciadores digitais que estariam atuando na expansão do mercado de apostas no Brasil. Na pauta foi levantado o uso do jogos por menores, podendo causar vício. O empresário destacou que com a regulamentação, um menor de idade não conseguiria fazer jogos. 

“Um de menor não consegue fazer um cadastro aí. Ele não tem como fazer um pix. Antes da regulamentação não tinha o face ID, hoje para fazer o cadastro tem que pegar a face, tudo e uma criança não vai fazer o cadastro aí”, afirma.