Fora da Câmara: Carla Zambelli sai oficialmente e Adilson Barroso assume cargo

Suplente promete ‘dar continuidade ao trabalho’ parlamentar, após entrega de cadeira por Zambelli; ex-deputada segue presa na Itália

Carla Zambelli agora é, oficialmente, ex-deputada federal. A política eleita pelo PL em São Paulo, teve a entrega de carga formalizada e o posto passou para o suplente Adilson Barroso (PL-SP).

Ao R7, o parlamentar promete “dar continuidade ao trabalho” iniciado por Zambelli na Câmara, com defesa do avanço de pautas conservadoras.

  
Carla Zambelli
Lula Marques / EBC
 
 
 

“Eu tenho que dar continuidade ao trabalho dela. Sempre concordei com o trabalho dela e o trabalho da direita, do conservadorismo, do capitalismo, da geração de riqueza e emprego, e o consumo da população”, afirma.

A declaração de Barroso foi dada nesta segunda-feira (15), um dia após ele ter tomado posse do cargo oficialmente. O parlamentar confirma ter assinado pelo documento de posse de forma remota, em contato feito pela Câmara no domingo, mesmo dia em que a Zambelli formalizou o pedido de afastamento.

Apesar da posse recente, Barroso atuou como parlamentar em outras ocasiões. Pela posição de suplente, ele ocupou o cargo de Guilherme Derrite (PP), enquanto o político atuou como Secretário de Segurança de São Paulo, de 2023 a dezembro de 2025.

A expectativa, agora, é de que ele retome ao menos parte da equipe que atuou com ele na Câmara, mas assuma o gabinete de Zambelli. A atuação na sala deve ficar apenas para 2026, pela ex-deputada ter um tempo de retirada de pertences do gabinete, que coincide com o fim da atual Legislatura.

Caso Zambelli

A política está presa na Itália e renunciou o cargo após uma indefinição que se estendia desde maio. À época, a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) determinou a suspensão do mandato como parte da condenação por invadir sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Apesar da decisão, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), optou por colocar o caso em votação, com etapas na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) — que defendeu a perda do mandato e inelegibilidade por oito anos — e no plenário.

A Câmara chegou a formar maioria para que Zambelli fosse cassada, mas o saldo final da votação, em 227 votos e 170 contrários. Por regra, para que a decisão passasse a valer, seriam necessários ao menos 257 votos.

Com o resultado, que não impactou o mandato, o ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão do cargo, com nomeação automática do suplente, em um prazo de 48h. Mas Zambelli entregou o posto dentro desse período, com posse confirmada a Barroso.