O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou nesta quarta-feira (26), novos resultados do Censo Demográfico 2022 para o tema “educação”, dentre eles o da taxa de frequência escolar, que mede a proporção da população de determinada faixa etária que frequenta escola (incluindo ensino superior) ou creche, independentemente do nível de educação cursado, em relação à população total dessa faixa etária.
No retrato da frequência escolar em 2022, o Piauí apresentou resultados superiores à média observada para o país nos grupos etários de 4 a 24 anos, e apresentou, também, resultados inferiores à média do país nos grupos etários de 0 a 3 anos e de 25 anos ou mais de idade.
Para as crianças piauienses de 0 a 3 anos, em 2022 a taxa bruta de frequência escolar era de 27,38%, enquanto a média para as crianças do país era de 33,88%, taxa 6,5 pontos percentuais superior à observada no Piauí. Entretanto, o Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece uma meta de que a educação infantil em creches deva atender pelo menos 50% das crianças daquela faixa etária, o que ainda não tornou-se uma realidade nem para o Brasil nem para o Piauí.
Já para as crianças de 4 a 5 anos de idade, a taxa bruta de frequência escolar no Piauí foi 94,59%, a maior entre todas as unidades da federação e superior à média brasileira, de 86,73%. Para aquela faixa etária, o Plano Nacional de Educação (PNE) estabeleceu uma meta de universalização do ensino, ou seja, que 100% das crianças deveriam estar na escola.
Com relação as crianças e adolescentes do Piauí de 6 a 14 anos de idade, a taxa de frequência escolar foi de 98,93%, também acima da média observada para o Brasil, que foi de 98,26%, bem próximas da meta proposta pelo PNE, que é de universalização do ensino (100%) para aquela faixa etária. Para os jovens de 15 a 17 anos, a taxa bruta de frequência escolar no Piauí foi de 87,89%, superior à taxa registrada no Brasil, que foi de 85,25%.
O Plano Nacional de Educação (PNE) também tem como meta a universalização do ensino, que deveria atingir a 100% dos jovens daquela faixa etária. Após a conclusão do ensino obrigatório (nível fundamental e médio), a taxa bruta de frequência escolar cai sobremaneira no país para a população de 18 anos ou mais de idade. No Piauí, a taxa bruta de frequência escolar para a população de 18 a 24 anos foi de 30,11%, superior à observada para o Brasil, que foi de 27,68%. Para a população de 25 anos ou mais de idade, a taxa bruta de frequência escolar foi de 5,96%, pouco inferior à observada no Brasil, que foi de 6,1%.
Evolução da taxa bruta de frequência escolar no Piauí (2000 a 2022)
O Censo Demográfico do IBGE retratou a evolução da taxa bruta de frequência escolar no Piauí, no período de 2000 a 2022, onde as maiores variações foram nas faixas etárias de 0 a 3 anos e de 4 a 5 anos de idade. A taxa bruta de frequência escolar de crianças de 0 a 3 anos, que frequentava creche, saltou de 9,8% em 2000 para 27,3%, elevação de 178,5% da proporção no período. Já para as crianças de 4 a 5 anos, a taxa bruta de frequência escolar saltou de 60,4% em 2000 para 94,5% em 2022, crescimento de 56,45% da proporção no período.
Para as crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, a taxa bruta de frequência escolar passou de 92,4% em 2000 para 98,9% em 2022, elevação de 7,03% da proporção no período. Por sua vez, para os jovens de 15 a 17 anos, a taxa bruta de frequência escolar passou de 76,3% em 2000 para 87,8% em 2022, um crescimento de 15% da proporção no período. Já para a população de 18 a 24 anos, a taxa bruta de frequência escolar passou de 34,6% em 2000 para 30,1% em 2022, revelando um decréscimo de 13% da proporção no período.