Motoristas e cobradores de ônibus decidem por estado de greve em Teresina; Setut revela surpresa

Ao A10+, o Setut destacou que não foi comunicado oficialmente sobre a possível greve e avalia tudo com "enorme surpresa"

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (SINTETRO-PI) aprovou, em assembleia geral, estado de greve a partir do dia 13 de maio desse ano em Teresina. A categoria reivindica reajuste salarial, do ticket alimentação, além de melhores condições de trabalho.

O Sintetro destacou que passou por "três rodadas de negociação mediadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Piauí, e mesmo com os subsídios propostos pela Prefeitura de Teresina, o sindicato patronal, SETUT, persiste em recusar-se a negociar um reajuste digno no salário e nos benefícios dos trabalhadores", disse em nota publicada nas redes sociais. 

Ônibus da zona Leste circula em Teresina Jade Araujo / Portal A10+

   

A entidade reforçou que durante o estado de greve, serão realizadas mobilizações de trabalhadores em determinadas linhas de ônibus.

"Ressaltamos que, caso não haja avanços significativos nas negociações até o dia 20 de maio, será deflagrada uma paralisação geral dos serviços a partir desta data. Este movimento grevista é legítimo e está amparado pelo artigo 9° da Constituição Federal, decorrente da falta de progresso nas negociações coletivas para reajustes salariais e benefícios dos trabalhadores", afirmou.

O Sintetro pediu a compreensão da população diante do movimento. "Todas as ações estão sendo tomadas com o máximo de responsabilidade e em busca de um acordo que valorize o trabalho e a dignidade dos profissionais que representamos", concluiu.

Ao A10+, o Setut destacou que não foi comunicado oficialmente sobre a possível greve e avalia tudo com "enorme surpresa". 

"O Setut informa que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial sobre a possível greve. Contudo a informação causa enorme surpresa, pois o mês de maio ainda não acabou e ainda haveria prazo para negociação, assim como acontece há mais de 20 anos".