MP recomenda que Prefeitura de Teresina suspenda contrato irregular com escritório de advocacia

MP aponta ausência de licitação, cláusulas abusivas e contratação indevida de escritório privado

O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) expediu uma recomendação ao prefeito de Teresina, Silvio Mendes, e à Procuradoria-Geral do Município (PGM), solicitando a suspensão imediata do contrato firmado com um escritório de advocacia. De acordo com o órgão, a contratação apresenta diversas irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI).

 

Prefeitura de Teresina
reprodução

   

A recomendação foi emitida pela 36ª Promotoria de Justiça de Teresina, que detalhou os vícios identificados nas contratações de serviços jurídicos e contábeis pela Prefeitura. Entre as irregularidades apontadas pelo TCE estão:

Em resposta enviada ao Ministério Público, a PGM justificou que a contratação direta, sem licitação, com base na inexigibilidade,  teve como objetivo garantir a manutenção do índice de participação de Teresina nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), por meio da discussão de critérios populacionais.

No entanto, para o MPPI, essa justificativa não se sustenta. O órgão ministerial argumenta que o município dispõe de um corpo jurídico próprio, com estrutura e atribuições legais para tratar da matéria, especialmente por se tratar de tema relacionado diretamente à atuação da Procuradoria-Geral do Município.

Outro ponto destacado pelo MPPI é o valor elevado do contrato, considerado incompatível com a atual situação financeira do município,  cenário, inclusive, mencionado pelo próprio prefeito Silvio Mendes em declarações à imprensa.

Diante disso, o Ministério Público recomendou: