Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Piauí aderiram na manhã desta quinta-feira (04) ao movimento de paralisação nacional. À TV Antena 10, o analista ambiental do Ibama, Adelquis Monteiro, explicou que a categoria busca a reestruturação de carreira, algo que não teria sido feito pelo Governo Federal em 2023.
"O estopim da nossa paralisação foi o descaso do governo em 2023 com a nossa reestruturação da carreira, que é a nossa principal reivindicação. Foi estabelecido uma mesa de negociação com todos os servidores da União no ano passado que concedeu o reajuste de 9%, frisa-se que em 2022 a inflação foi mais de 10%, então sequer cobriu a inflação do período. Além disso, o governo estabeleceu 21 meses específicos para as carreiras, desses, 7 já foram contempladas. A nossa foi estabelecida em agosto, em setembro foi dado um prazo até outubro para que houvesse uma proposta do Governo para categoria. Até novembro não foi dado nenhum proposta, em dezembro muito menos, ou seja, essa mesa de negociação foi inefetiva, não serviu para nada. Então dado esse descaso de 2023 os agentes ambientais resolveram paralisar as atividades de campo para que o Governo retome efetivamente essa negociação", relatou.
Segundo o analista ambiental, no Piauí os agentes paralisaram 100% das atividades. Adelquis Monteiro também frisou que a paralisação das atividades em todo Brasil vai atingir as ações de combate ao desmatamento da Amazônia, licenciamento ambiental e educação ambiental.
"A nossa atuação ela não é apenas no escritório, mas principalmente em campo e essa atividade em campo está paralisada até que o Governo sinalize positivamente pela reestruturação da nossa carreira. Hoje nós temos 89% de todos os agentes ambientais no Brasil apoiando essa paralisação. No Ibama Piauí nós não temos nenhuma atividade de campo em desenvolvimento, nós conseguimos parar 100% das atividades de campo", relatou.