O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira (06), novos dados do Censo Demográfico 2022 sobre nupcialidade e família. No Piauí, a proporção de pessoas com 10 anos ou mais que vivem em união conjugal passou de 48,6% em 2010 para 50,1% em 2022, um aumento de 1,5 ponto percentual. Já o número de pessoas que não vivem mais em união conjugal, mas já viveram, cresceu de 12,5% para 17% no mesmo período.
Em contrapartida, reduziu-se o grupo de pessoas que nunca viveram em união conjugal, de 38,9% para 32,9%. O município de Acauã lidera o ranking estadual, com 62,38% da população de 10 anos ou mais vivendo em união conjugal, seguido por Guaribas (60,93%), Bonfim do Piauí (60,33%), Pedro Laurentino (60,27%) e Betânia do Piauí (60,11%).
Na outra ponta, São João da Varjota registrou a menor proporção, com 43,21%, acompanhada por Oeiras (44,81%), São José do Peixe (44,96%) e Arraial (45,04%).
Em números absolutos, 1,4 milhão de piauienses viviam em união conjugal em 2022, sendo 1,41 milhão em casais de sexos diferentes e 7,8 mil em casais do mesmo sexo (3.063 homens e 4.749 mulheres).
No Brasil, a proporção de pessoas em união conjugal também cresceu, passando de 50,1% para 51,3% entre 2010 e 2022. Todos os estados registraram aumento, exceto o Rio de Janeiro, que teve leve queda de 0,2 ponto percentual. Os maiores índices foram observados em Santa Catarina (58,4%), Rondônia (55,4%) e Paraná (55,3%); já as menores proporções ficaram com Amapá (47,1%), Distrito Federal (47,7%) e Amazonas (48,1%).
O país contabiliza cerca de 90,3 milhões de pessoas em união conjugal, das quais 972 mil vivem com parceiros do mesmo sexo, sendo 406 mil homens e 566 mil mulheres.
União consensual cresce e supera casamentos tradicionais
Quase 40% das uniões conjugais no Piauí são do tipo “união consensual”, modalidade em que o casal vive junto sem casamento civil ou religioso formalizado. Segundo o Censo 2022, a proporção subiu de 30,6% em 2010 para 39,4% em 2022, um aumento de 8,8 pontos percentuais.
Pela primeira vez, as uniões consensuais superaram os casamentos civis e religiosos concomitantes, que caíram de 31,1% para 25,6% no mesmo período.
As uniões somente civis tiveram leve redução, de 21,8% para 21,4%, enquanto as somente religiosas diminuíram de 16,5% para 13,6%. Mesmo com a queda, o Piauí ainda tem a maior proporção de uniões exclusivamente religiosas do país, à frente de Amapá e Ceará.