Padre é afastado no Piauí por “conduta incompatível”; terceiro caso em apenas um mês

A decisão foi tomada em virtude do recebimento de acusações formais

O padre Cícero de Moura Filho foi afastado de suas funções na Paróquia São Francisco das Chagas, em Rio Grande do Piauí. Em comunicado divulgado à imprensa, a Diocese de Floriano afirmou que a medida foi tomada após “acusações formais relacionadas à conduta incompatível com as exigências próprias do estado clerical”. Não foi revelado o teor das acusações. 

  

Padre é afastado no Piauí por conduta incompatível; terceiro caso em apenas um mês
Reprodução

   

Este é o terceiro caso de afastamento de padre no Piauí em menos de um mês. No último dia 14, o padre Vinicius José, da paróquia São João Batista, em Ribeiro Gonçalves, foi afastado após a divulgação de supostos vídeos íntimos nas redes sociais com uma mulher. 

Um outro caso de afastamento foi do padre José Washington Barros Mesquita. Ele foi indiciado pelo estupro de uma jovem de 27 anos na cidade de Brejo do Piauí. O crime aconteceu em julho, e o afastamento do religioso de suas funções na Igreja foi anunciado em agosto.

Veja abaixo a nota do afastamento do padre Cícero de Moura:

NOTA DE AFASTAMENTO

A Diocese de Floriano, em espírito de transparência e responsabilidade pastoral, vem a público informar que, por determinação de Sua Excelência Reverendíssima, o Bispo Diocesano Dom Júlio César de Jesus, o Revmo. Pe. Cícero de Moura Filho foi afastado provisoriamente do exercício público do ministério sacerdotal.

A decisão foi tomada em virtude do recebimento de acusações formais relacionadas à conduta incompatível com as exigências próprias do estado clerical (cf. cân. 1395 §1, CIC). O afastamento tem caráter preventivo e não punitivo, sendo medida prudencial adotada para resguardar o bem da comunidade e garantir a devida apuração dos fatos.

Conforme os princípios do Direito Canônico e do devido processo, o sacerdote terá plena oportunidade de apresentar sua defesa. A Diocese seguirá conduzindo o caso com o cuidado pastoral, a justiça e a caridade que a situação exige, mantendo o sigilo e o respeito às pessoas envolvidas.

Pedimos às comunidades paroquiais que mantenham-se unidas em oração, evitando julgamentos precipitados e confiando no discernimento da Igreja. A verdade será buscada com serenidade e responsabilidade.

Floriano-PI, 26 de agosto de 2025.