PRF apreende mais de 35m³ de madeira serrada transportada ilegalmente em Valença do Piauí

Foram identificadas divergências entre as espécies de madeira transportadas e aquelas declaradas na Guia Florestal

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu cerca de 35m³ de madeira nativa serrada que estava sendo transportada de forma irregular. A abordagem ocorreu na terça-feira (12), no km 207 da BR-316, no município de Valença do Piauí, no Piauí.

Durante a fiscalização de rotina, os agentes abordaram o condutor de um veículo de carga, um caminhão com semirreboque. Na vistoria, a equipe constatou que a carga era composta por madeira nativa serrada. O condutor apresentou documentação obrigatória, incluindo notas fiscais, Documento de Origem Florestal (GF3i) e DAMDFEs, emitidos por empresa localizada no estado do Pará.

  

PRF apreende mais de 35m³ de madeira serrada transportada ilegalmente em Valença do Piauí
Divulgação/ PRF

   

Apesar da documentação aparentemente regular, a equipe da PRF realizou o procedimento de cubagem da carga, confirmando volume condizente com os documentos. No entanto, durante a análise mais detalhadas foram identificadas divergências entre as espécies de madeira transportadas e aquelas declaradas na Guia Florestal.

As espécies efetivamente embarcadas incluíam exemplares dos gêneros Inga, Manilkara e Tachigali, que não constavam nos documentos apresentados. Apenas parte da carga correspondia à espécie declarada (Goupia glabra, conhecida como cupiúba). 

Os policiais lavraram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por transporte de produto florestal sem licença válida, tipificado no parágrafo único do art. 46 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). A Guia Florestal foi considerada inválida, conforme o art. 48 da Instrução Normativa nº 21/2014 do IBAMA.

A carga e os veículos foram apreendidos e encaminhados ao pátio da PRF, onde permanecem à disposição do órgão ambiental competente. O condutor se comprometeu a comparecer em audiência no Juizado Especial Criminal de Valença-PI. O caso será encaminhado ao Ministério Público Estadual e ao IBAMA, para apuração de possíveis irregularidades na emissão das Guias Florestais.