Aumento do PIB e redução de preços ao consumidor: veja impactos do acordo Mercosul-UE

Negociado durante 25 anos, tratado vai formar uma das maiores áreas de livre comércio do planeta. Agora, segue para fase de tradução e assinatura

O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, anunciado na sexta-feira (6) pelas autoridades dos respectivos blocos, promete efeito positivo de 0,34% ou R$ 37 bilhões sobre o PIB (Produto Interno Bruto) e aumento de 0,76% ou R$ 13,6 bilhões nos investimentos no Brasil.

O tratado, negociado durante os últimos 25 anos, vai entrar na fase de tradução dos textos e assinatura, mas ainda não dá data específica.


  

Autoridades do Mercosul e União Europeia durante evento no Uruguai
Ricardo Stuckert
   

A redução de 0,56% no nível de preços ao consumidor e o aumento de 0,42% nos salários reais também estão entre os impactos estimados com o acordo, segundo dados do governo brasileiro. Os percentuais são relativos para o ano de 2044, e tem como base o exercício de 2023.


Além disso, o tratado dos sul-americanos com os europeus pode provocar um impacto de 2,46% ou R$ 42,1 bilhões sobre as importações totais. E ainda de 2,65% ou R$ 21,1 bilhões sobre as exportações totais.


O tratado tem o potencial de formar uma das maiores áreas de livre comércio do planeta, com quase 720 milhões de pessoas, 20% da economia global e 31% das exportações mundiais de bens. Agora, começa a fase do processo de preparação da assinatura.


A União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Brasil. Em 2023, a corrente comercial bilateral, de US$ 92 bilhões, representou 16% do comércio exterior.


O Brasil exportou US$ 46,3 bilhões para a União Europeia em 2023:

O Brasil importou US$ 45,4 bilhões da União Europeia em 2023:

Próximos passos

O tratado ainda não foi assinado. A medida deve ocorrer após uma revisão jurídica e tradução dos textos para os idiomas oficiais dos países que fazem parte.

“Após a assinatura entre as partes, o acordo será submetido aos procedimentos de cada parte para aprovação interna – no caso do Brasil, o acordo será submetido à aprovação pelo Poder Legislativo. Uma vez aprovado internamente, o acordo pode ser ratificado por cada uma das partes, etapa que permite a entrada em vigor do acordo”, diz o governo em nota.

Conheça abaixo os próximos passos envolvendo o processo.