O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, declarou em suas redes sociais que sofreu um atentado na manhã deste domingo(27). O ex- presidente estava em um carro que foi alvejado com 17 tiros — um deles atingiu o motorista. O atendo ocorreu em Shinahota, município na região central do país.
Segundo o ex-presidente, o ataque é mais uma evidência das ameaças e perseguições enfrentadas por ele e por seus aliados políticos. Morales, que atualmente exerce um papel de liderança na oposição e mantém forte influência política na Bolívia, descreveu o incidente como uma tentativa de intimidá-lo.
Nas imagens divulgadas Morales está no banco da frente do carro e ao telefone diz: “Estão atirando em nós, estão nos detendo, rapidamente, mobilizem-se”.
No sábado (26), Evo publicou na rede social X que a sede sindical da Federação Especial de Trabalhadores Camponeses dos Trópicos, na cidade de Cochabamba, também foi vítima de ataques.
Foram furtados dinheiro, televisores, equipamentos de som e computadores; também queimaram livros, cartazes e agendas, saquearam os escritórios e destruíram os ambientes, assim como em 2019, durante o golpe de Estado.
Segundo Morales, o ataque contra sua vida foi realizado por “criminosos fascistas de um grupo de vândalos contratados pelo prefeito de Cochabamba, Manfred Reyes Villa", aliado eleitoral de Luis Arce, atual presidente da Bolívia.
Em um post na rede social X, Morales agradeceu aos seus eleitores pela preocupação: “Embora seja um dia de luta no nosso país, estou convencido de que dias melhores virão para o nosso país e para o nosso povo. Contigo, com o teu amor e companhia, renovo o meu compromisso de lutar, de servir os mais humildes e reafirmo minha dedicação absoluta na construção de um futuro esperançoso para o nosso país. Obrigado a todos!”.