Família confirma morte de brasileira que caiu em vulcão na Indonésia

Família confirmou óbito da brasileira através das redes sociais. Juliana Marins aguardou resgate por quatro dias

Juliana Marins, brasileira que caiu em uma trilha em um vulcão na Indonésia, não resistiu e morreu. A informação foi confirmada pela família nesta terça-feira (24/6).

Natural de Niterói (RJ), Juliana deslizou por uma vala enquanto fazia a trilha do vulcão Rinjani, em Lombok. Ela realizava um mochilão pela Ásia.

  

Família confirma morte de brasileira que caiu em vulcão
Reprodução

   

“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, escreveu a família na rede social Instagram, através do perfil Resgate Juliana Marins.


Nessa segunda, Juliana foi vista imóvel por drones. A Agência Nacional de Busca e Salvamento da Indonésia (Basarnas) informou que ela estava a cerca de 500 metros do ponto onde caiu. O quarto dia de resgate teve início às 6h desta terça – 19h dessa segunda-feira (23/6), no horário de Brasília.

Caso Juliana Marins

A informação foi publicada na manhã desta terça na rede social Instagram, através do perfil criado pela irmã de Juliana, Mariana Martins, que funciona como canal oficial sobre o desaparecimento da jovem na Indonésia. Na postagem, Mariana afirmava que a operação de resgate era acompanhada pela embaixada brasileira, que está no local.

O Parque Nacional do Monte Rinjan, onde fica a trilha de onde Juliana caiu, chegou a informar que sete socorristas conseguiram se aproximar de onde a jovem estava, após os esforços desta terça-feira (24/6), mas que a equipe precisou pausar o resgate e montar um acampamento emergencial, pois o dia estava escurecendo – já são 21h10 na região.

Ao todo, 48 profissionais de diferentes grupos estão envolvidos, entre eles: Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas), Unidade SAR Lotim Brimob, Polícia Florestal, EMHC, Lorax, carregadores locais e o grupo Rinjani Squad.

Família aponta negligência

Foram, ao todo, quatro dias de tentativas de resgate. Nessa segunda, a operação foi interrompida por causa das condições climáticas na região. “Um dia inteiro e eles avançaram apenas 250m abaixo. Faltavam 350m para chegar na Juliana e eles recuaram mais uma vez. Mais um dia”, escreveu a família.

  
Família confirmou óbito da brasileira através das redes sociais. Juliana Marins aguardou resgate por quatro dias Reprodução
 
 
 

De acordo com os familiares, as mudanças climáticas repentinas são normais nesta época do ano, na região. “Eles [governo da Indonésia] têm ciência disso e não agilizam o processo de resgate. Lento, sem planejamento, competência e estrutura. Juliana vai passar mais uma noite sem resgate por negligência.”

Ainda segundo a família, Juliana não teve acesso a água, comida e agasalhos.