Os assassinatos de Felipe Camargo de Sousa Amorim, 23 anos, e Victor Gabriel, seguem sob investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Teresina. Os casos teriam iniciado com a suposta negociação de uma motocicleta, que seria de uma das vítimas. Uma adolescente se apresentou como proprietária do veículo, mas foi descoberta pela polícia.
O delegado Danúbio Dias afirmou, em entrevista à TV Antena 10, que as equipes buscam entender o motivo da jovem ter mentido sobre o veículo. Ela foi conduzida para maiores esclarecimentos.
"A que se dizia proprietária da moto, que na verdade não é, não sabemos porque que ela assumiu, se trata de um adolescente. Queremos saber porque que ela assumiu ser a proprietária da moto quando não é", afirmou.
Duas moradoras do apartamento, onde, possivelmente, as vítimas teriam sido abordadas, foram ouvidas, segundo o delegado. "Todas elas são categóricas em dizer que não estavam presentes no momento. Mas as evidências estão discordando delas", ressaltou o delegado.
A relação entre os crimes
O corpo de Felipe Camargo de Sousa Amorim, 23 anos, foi encontrado na manhã desta segunda-feira (24), amarrado e com marcas de tiros no Rodoanel, zona Sul de Teresina. Em entrevista exclusiva à TV Antena 10, a namorada do jovem disse que ele foi vítima de uma armadilha.
O namorado dela e um outro homem foram atraídos até o Conjunto Francisco das Chagas, na noite desse domingo (23), quando foram atacados por criminosos armados. O outro colega foi baleado e morto, já o namorado da moça foi sequestrado.
Conforme apurado pela TV Antena 10, a morte do rapaz está relacionado a um outro caso de homicídio registrado na zona Sul da capital. Os jovens haviam ido cobrar uma dívida referente a um veículo, quando foram atacados. A namorada do rapaz encontrado hoje acredita que ele tenha caído em uma armadilha elaborada pelos assassinos.
“Levaram ele pro cheiro do queijo. Fizeram uma covardia com meu namorado. Ele foi pegar um dinheiro em relação a moto que esse outro cara que estava com ele também foi morto. Mataram esse cara que estava com ele em seguida deram um tiro nele. Depois sequestraram ele, amarraram ele e jogaram ele lá morto. So que antes quando eles chegaram no lugar, já tinha duas mulheres com um monte de bandido armado esperando meu namorado”, relatou.
O rapaz, segundo ela, não conhecia ninguém que pudesse ser considerado suspeito do crime. “Um menino bom e por causa de amizade levaram isso para ele", afirmou.
Em seguida ela foi à delegacia para prestar depoimento sobre o caso que será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).