O advogado Raimundo Nonato da Silva, que representa o médico cubano Jesus Rivero, que foi preso dentro de uma clínica no Centro de Teresina nesta segunda-feira (15), conversou com a TV Antena 10 sobre o caso. Segundo ele, a denúncia de agressão que a ex-mulher do médico fez seria falsa e motivada por vingança.
Segundo ele, a mulher não teria apresentado prova das agressões para a polícia. “Ele foi acusado levianamente pela ex-mulher, que disse que ele a agrediu verbalmente, fisicamente a expulsou de casa com tentativa de estrangulamento, onde nada disso que ela falou na delegacia é verdade, pois não apresentou nenhum lado, perícia médica nem prova testemunhal”.
Raimundo Nonato ainda explicou à TV Antena 10 que a ex-esposa do médico era formada em enfermagem, mas que trabalhava como atendente em seu consultório prescrevendo medicamentos de forma ilegal. Segundo ele, quando o médico descobriu encerrou os trabalhos da esposa no local.
O advogado ainda alegou que a mulher praticava estelionato nessa mesma clínica e que tem provas disso documentado em um processo.
“Esporadicamente ela trabalhava como atendente no consultório do médico que na época era seu marido e lá todo ato quanto ela praticou foi de estelionato, pois recebia dinheiro dos clientes para a prática de exames laboratoriais e de imagem e não pagava os laboratórios. Esse débito ficava na conta dele [médico]. Ela prescrevia remédio, inclusive controlados. Tudo isso estou falando com provas documentais”, contou para a TV Antena 10.
O representante do profissional de saúde informou ainda que Jesus Rivero não foi liberado durante a audiência de custódia. Ele contou que a defesa já entrou com um pedido de habeas corpus e revogação das medidas protetivas.
Entenda o caso
O médico cubano, de 56 anos, foi preso dentro de uma clínica odontológica no Centro de Teresina nesta segunda-feira (15), por descumprir uma medida protetiva contra a ex-mulher. Segundo o delegado Tales Gomes, em março o médico foi informado sobre a medida protetiva e, mesmo assim, descumpriu. Os dois têm uma filha que, segundo o delegado, presenciou uma das agressões.