Casal suspeito de torturar e executar dois homens em embarcação são presos no litoral do Piauí; polícia dá detalhes da motivação do crime

A ação que resultou nas prisões foi realizada nesta sexta-feira (21)

A Secretaria da Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) prendeu um homem, de iniciais J. V. A. dos S., identificado como Vitim ou VT, e uma mulher, A. K. A. da S., conhecida como Lulu, suspeitos de envolvimento direto em um duplo homicídio ocorrido no último dia 15 de novembro, na região de Porto do Tóteles, em Luís Correia, litoral do estado. A ação que resultou nas prisões foi realizada nesta sexta-feira (21), como parte do Pacto Pela Ordem, e executada pelas Polícias Civil e Militar em Parnaíba.

Segundo o delegado João Filipe, os dois tiveram mandados de prisão e de busca e apreensão cumpridos após serem apontados como participantes da execução de Douglas e Caíque, que foram torturados e mortos dentro de uma embarcação. O crime teria sido motivado por conflitos entre facções rivais.


“As pessoas que foram mortas eram integrantes de um grupo criminoso e investigadas por envolvimento com o tráfico de drogas no litoral. Algumas haviam sido expulsas da localidade por uma organização rival, que então realizou as execuções. Os presos de hoje participaram do apoio logístico e da execução dos homicídios”, explicou o delegado.

O ataque foi cometido por um grupo de homens fortemente armados, que invadiu a embarcação, fez quem estava no local refém e submeteu as vítimas a espancamentos antes das execuções. Douglas Júlio da Silva Vasconcelos, de 20 anos, apresentava lesão na cabeça e sinais de enforcamento. Já Caíque, identificado apenas pelo primeiro nome e natural de Uruburetama, no Ceará, foi atingido por aproximadamente seis disparos de arma de fogo e também apresentava ferimentos de arma branca.

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Na manhã seguinte ao crime, quatro pessoas foram presas em flagrante e levadas para a Delegacia Seccional de Luís Correia. Na ocasião, foram apreendidas drogas, munições, celulares e dinheiro em espécie.

As investigações e prisões contaram com o apoio da Delegacia de Combate às Facções, Homicídios e Tráfico (DFHT) de Luís Correia, do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Militar de Parnaíba e das Diretorias de Inteligência da PM e da SSP-PI.