O coveiro Alison Ferreira da Silva, de 36 anos, foi posto em liberdade nesta quarta-feira (03) pelo judiciário maranhense, após ter sido preso sob suspeita de estuprar uma adolescente que supostamente visitava o túmulo do pai em um cemitério de Timon, no Maranhão. Ele nega veemente as acusações e relatou que, após divulgação do caso, está recebendo diversas ameaças de morte, tendo tido inclusive a sua execução decretada por criminosos no presídio Jorge Vieira, onde estava recolhido. O caso foi divulgado pela TV Antena 10 e Portal A10+ nesta semana.
Em entrevista à TV Antena 10, Alison Ferreira explicou que não fez nada com a adolescente e que após a acusação, ainda procurou familiares da menor, mas foi recebido com agressões. Segundo ele, a jovem que o procurava no seu local de trabalho. O coveiro teve a liberdade provisória concedida na manhã de hoje, mas com medidas cautelares impostas.
"Eu não fiz nada com essa menina não. Ela que andava atrás de mim lá no meu serviço. Se fosse outra pessoa não tinha ido nem lá me explicar na casa dos tios dela. Eles me agarraram pela camisa e me deram um monte de socos na minha cara. Ela me procura e eu não queria. Eu tenho filha menor. Tenho uma de 14, de 12 anos e outra de 16. Jamais faria isso com a filha dos outros não. A tia dela estava me acusando de estupro; inclusive estou sendo ameaçado por um monte de gente. Lá no presídio mesmo. Ela me procurava direto. Tinha umas marcas no pescoço dela e tinha falado que tinha sido eu, tamanha 7 horas da manhã; 7 horas da manhã eu estava na casa da minha irmã, tem câmera e tudo lá, eu sentado na calçada lá com a minha irmã. Os tios delas lá pegaram e me bateram. Disseram que quando me pegassem lá iam me matar e não tinha polícia no mundo”, destacou.
O A10+ teve acesso ao alvará de soltura de Alison, que consta trechos do procedimento policial do caso. A prisão em flagrante ocorreu na última segunda (01), pelo cometimento, em tese, pelo crime de importunação sexual. Na data, por volta das 7 horas da manhã, a adolescente de 14 anos passava pelas proximidades do cemitério da Rua 100, no bairro Bela Vista, quando o coveiro teria a chamado para conversar e em seguida, teria lhe puxado pelo pescoço e beijado à força.
Consta ainda no documento o relato de que a vítima teria dito que Alison apenas teria lhe beijado, sem fazer nenhuma carícia pelo corpo nem qualquer outra violência. Logo em seguida, a menor teria dito o que ocorreu para uma tia, que por sua vez, denunciou o fato para os policiais militares.
Nesse contexto, primos da jovem saíram em busca de Alisson, que o encontraram e o agrediram fisicamente até a chegada das equipes, que realizaram a condução no bairro Parque Piauí. Pela acusação, o coveiro destacou que irá processar a tia da adolescente que o acusou de estupro. Ele alega que sua imagem está sendo vinculada a um crime que não cometeu e como ela teria relatado para a imprensa.
"Eu vou entrar com um processo contra ela. Eu quero que ela prove. Minha imagem está saindo em todo o lugar aí, toda rede social que sou estuprador. Não sou estuprador. Marcaram até a minha morte lá no presídio. Os caras iam me matar lá hoje. Sou um cara trabalhador, todo mundo me conhece. Trabalho em Timon e não tenho precisão de estar estuprando filha de ninguém não. Ela já me procurava há uns três meses já e eu nunca queria ela não. Nenhum contato com ela. Ela que começou com a frescura dela de que se me visse bebendo em algum bar com alguma pessoa, ia fazer barraco. Acho que por causa disso ela chamou os parentes dela. Eu fui conversar com eles e eles foram logo agarrando em minha camisa, mais ou menos um cinco e quebraram meu rosto todinho. Quero que eles paguem pelo o que fizeram comigo e sendo acusado de estupro. Sou trabalhador, tenho três filhas", finalizou.