Defesa diz que Robin da Carne, alvo da operação Jogo Sujo, se entregará à polícia nos próximos dias

Quase uma semana depois da ação, empresário ainda não se apresentou às autoridades policiais

A defesa do empresário Antônio Robson da Silva, mais conhecido como Robin da Carne, afirmou ao A10+, nesta segunda-feira (14), que o influencer deverá se apresentar às autoridades policiais ainda nesta semana. Ele é um dos alvos da operação Jogo Sujo, deflagrada na semana passada pela Polícia Civil, contra influencers que divulgavam jogos de azar ilegais nas redes sociais, em especial,  o Jogo do Tigrinho. 

O A10+ apurou, no dia da Operação, que o empresário estava no interior do Maranhão e que deveria se entregar à Polícia Civil. A justiça decretou na semana passada a prisão temporária de Robin da Carne, mas ele não foi localizado. As prisões dos demais envolvidos nos crimes foram prorrogadas pelo juiz Valdemir Ferreira no último sábado (12). 

  

Robin da Carne segue foragido
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A investigação aponta que o influenciador, que se apresenta como empresário individual de um açougue, movimentou R$ 426.931,53 entre créditos e débitos em um curto período. Segundo a polícia, o padrão de vida luxuoso e o valor movimentado não condizem com a ocupação. 

O empresário também possui quatro veículos e reboques registrados, incluindo dois caminhões e dois reboques. Ele também demonstra posse de um Porsche Cayman vermelho, avaliado em aproximadamente R$ 500 mil, registrado em nome de terceiros, o qual ostenta nas redes sociais.

Prisão dos influenciadores prorrogada 

Na noite de sábado (12), a justiça do Piauí prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária dos oito influenciadores: Brenda Raquel Barbosa Ferreira, Pedro Lopes Lima Neto (Lokinho), Milena Pamela Oliveira Silva, Diogo Macedo Basilio, Letícia Ellen Negreiro de Abreu, Douglas Guimarães Pereira Neves e Marta Evelin Lima de Sousa e a Yrla Lima. 

 

Justiça prorroga prisões de Milena Pamela, Lokinho e outros influencers alvos da operação Jogo Sujo II no Piauí
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A decisão também considerou que os alvos continuam “apresentando risco para o sucesso das investigações" e que poderiam voltar com as atividades ilícitas. Os investigados estavam utilizando suas redes sociais, em especial o Instagram, para promover jogos de azar ilegais, como o Jogo do Tigrinho, operados por plataformas clandestinas hospedadas em servidores no exterior, que não estão sujeitas à regulamentação fiscalizatória nacional.

Bens sequestrados 

Na semana passada, a Justiça do Piauí determinou o sequestro de até R$ 5 milhões das contas bancárias dos influenciadores. Os alvos, segundo a polícia, são investigados pelos crimes de estelionato, jogo de azar, induzir consumidor a erro, lavagem de dinheiro e associação criminosa.