A Polícia Civil do Piauí está investigando o desaparecimento da adolescente Marcela Vitória, de 15 anos, cujo paradeiro é desconhecido desde que ela saiu da escola e não retornou para casa, em Teresina. O delegado Hugo Alcântara, encarregado de investigar o caso, concedeu uma entrevista à TV Antena 10 na manhã desta segunda-feira (9) para explicar as possíveis circunstâncias do desaparecimento da jovem.
Divulgação
Uma das linhas de apuração envolve a análise de um vídeo divulgado nas redes sociais, que pode indicar o caminho tomado por Marcela logo após sair da escola. “O vídeo é importante porque já dá o norte de para onde a criança foi, para a gente ir nas diligências, ir atrás de câmeras de segurança, nas redondezas e tentar entender”, disse Alcântara.
Segundo o delegado, o primeiro passo da investigação foi conversar com a família para entender a rotina de Marcela e os motivos que possam ter levado ao desaparecimento.
Conversa em redes sociais
“A gente viu que os pais visualizaram a conversa dela nas redes sociais. Então vamos tentar entender qual foi a intenção da criança, já que ela saiu da rotina normal de voltar com os pais, e voluntariamente saiu do colégio”, explicou.
Para o delegado, casos como esse exigem cautela, visto que pode se tratar de uma fuga voluntária ou até mesmo um sequestro. “O complicado desses casos de desaparecidos é a multiplicidade de motivos que podem ensejar essa saída da criança, adolescente. Alguma coisa própria da adolescência, da idade, uma época de festas, esse tipo de coisa. Então você tem multiplicidade de fatores de preocupação, seja um sumiço voluntário até um sequestro. Desaparecimento a gente tem que apurar de forma ponderada”, concluiu.
Apelo
Enquanto isso, a família se encontra desesperada. Os pais de Marcela fizeram um vídeo de apelo para que a jovem retorne, caso tenha saído voluntariamente.
“Marcela, minha filha, volte pra casa. Onde quer que você esteja, eu sei que você vai ver esse vídeo. Ninguém vai brigar com você. Volte, minha filha, a gente só quer saber que você está bem", disse o pai.
“Eu vim pra pedir apelo à população teresinense e os lugares vizinhos, que dê notícia da minha filha. Minha filha, onde você estiver, volta pra casa. A gente te ama, você sabe disso. Volta pra casa com seu paninho, minha filha. Cadê teu cheiro?”, desabafou.
A polícia segue em diligência, analisando imagens, conversas em redes sociais e informações recebidas da população.