Uma mulher, diretora de um abrigo que acolhe crianças em situação de vulnerabilidade na cidade de Posse, em Goiás, foi presa pela polícia sob acusação de maus-tratos e tortura. A suspeita é que ela tenha até realizado aborto ilegal em uma criança que morava no local.
Segundo informações, a diretora deixava algumas das crianças em quartos escuros como forma de punição. Além desses relatos, a diretora também é suspeita de encaminhar, ilegalmente, crianças e jovens para famílias substitutas sem autorização judicial.
Um desses encaminhamentos seria o de uma menina de 5 anos, identificada como Maria Eduarda, que morava neste abrigo em Posse e foi encaminhada para os cuidados de uma tia na cidade de Uruçuí, Sul do Piauí. Maria Eduarda morreu neste mês de outubro, com sinais de maus-tratos. Jéssica Pais, sua tia, foi presa como principal suspeita do crime.
A menina deu entrada no Hospital Regional da cidade com diversos hematomas e sem sinais vitais. “A criança apresentava diversos hematomas e sinais de espancamento. A equipe policial de plantão se deslocou para averiguar a situação e constatou que a menina morava com a tia há três meses porque a mãe estava internada em um hospital psiquiátrico de Goiás. Os investigadores conduziram a tia da menina até em casa e observaram a casa limpa, mas havia manchas de sangue no quarto, na cama das crianças e em roupas que estava na máquina de lavar", descreveu o delegado Marcos Halan à TV Antena 10.
A diretora, que não teve seu nome divulgado, ainda é investigada por suspeita de desviar doações que foram feitas para o abrigo. Em Goiás, a polícia deu cumprimento a mandados de busca e apreensão na casa dela e no abrigo.