O canal para denúncia do Gabinete de Crise da Secretaria de Segurança Pública registrou, nas últimas 24 horas, 72 denúncias de pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no último domingo (08). De acordo com o superintendente de Operações Integradas da SSP, delegado Matheus Zanatta, a Polícia Civil investigará a veracidade dessas informações e posteriormente deve produzir um relatório que será encaminhado para a Polícia Federal.
"Continuamos recebendo informações, arquivos, fotos e vídeos. Os nomes e contatos dessas pessoas que estão nos ajudando na identificação dos envolvidos serão mantidos no mais absoluto sigilo", concluiu Zanatta.
Desde segunda-feira (09) a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP) disponibilizou o canal para apurar a participação de piauienses nos atos antidemocráticos em Brasília. A secretaria pede para que denuncias verídicas sejam feitas e que o sigilo do denunciador será preservado. O canal para denúncia continua disponível para população através do whatsapp (86) 99492-3705.
Os atos antidemocráticos foram praticados na área central de Brasília, neste domingo (8), por eleitores que não aceitam a derrota de Jair Bolsonaro nas últimas eleições.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que os manifestantes subiram a rampa do Congresso Nacional e invadiram a parte superior do edifício, onde ficam as cúpulas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, além do Salão Verde, localizado dentro do prédio.
Depois, o grupo invadiu o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, local onde o presidente despacha, em Brasília. O petista não estava na capital federal no momento, e sim em Araraquara, para uma visita solidária ao município do interior paulista após os estragos causados pelas chuvas.
Manifestantes invadiram, ainda, o edifício-sede do STF. No local, vidros foram quebrados, e objetos, destruídos nas dependências da Corte. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram inicialmente a porta do armário que o ministro Alexandre de Moraes utiliza para guardar a toga arrancada.