Estado de saúde de adolescente baleado dentro do CPI, em Teresina, é grave; suspeita foi apreendida

Segundo a polícia, crime ocorreu porque a menor não aceitava o fim do namoro; caso ocorreu nesta quarta (04)

(Atualizada às 17h50) 

O estado de saúde do adolescente de 16 anos que foi baleado na cabeça dentro do Colégio CPI, no Centro de Teresina, é considerado grave, segundo apurou o A10+. O menor está internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). A suspeita de cometer o crime, segundo a polícia, é uma adolescente de 17 anos, ex-namorada do jovem. O caso ocorreu na manhã desta quarta-feira (04) e chocou alunos e professores da instituição. 


Os adolescentes são estudantes do 2º ano do ensino médio da escola particular. O jovem foi baleado na nuca e a bala atingiu a coluna cervical. Mais cedo, em entrevista à imprensa, o delegado Tales Gomes relatou que a menina afirmou que o ex-namorado "merecia morrer". O caso aconteceu no refeitório da escola, onde estavam apenas os dois e uma funcionária da cantina.

  

Vítima está internada no HUT
Reprodução

   

Após efetuar o disparo contra o jovem, a menor saiu da escola e se refugiou dentro de um estabelecimento. No local, ela confirmou a funcionários o que havia feito. Além da arma de fogo, que é do pai da menina, a polícia apreendeu uma peixeira (faca) dentro da mochila dela. 

Em entrevista à TV Antena 10, o sargento Leonardo Rodrigues, do 9º Batalhão da Polícia Militar do Piauí, relatou que a filha faz tratamento psicológico. O A10+ apurou que a adolescente já havia ameaçado o namorado caso ele terminasse o relacionamento. Na terça (03), eles discutiram e, na manhã de hoje, a jovem levou uma arma de fogo para a escola e atirou no rapaz. 


“Ela tem ansiedade, faz tratamento psicológico… hoje eu coloquei a arma em um local diferente, já devido a esse atrito entre eles. Ela comentou ontem com a mãe dela a respeito do problema com esse rapaz, que estava muito triste devido o problema", disse.


Questionado sobre a arma, o sargento disse que guardava a pistola, municiada, em um armário fechado e que teria tirado do local habitual por conta do desentendimento da filha com o namorado. À imprensa ele contou que só sentiu falta da arma quando ficou sabendo da notícia.

O A10+ apurou que, após ser apreendida, a menor permaneceu em silêncio. Ela deverá responder por ato infracional análogo a tentativa de homicídio. Os pais também foram ouvidos. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Piauí. 

O que diz o CPI?

O Colégio CPI vem a público manifestar profunda consternação diante do lamentável ocorrido nesta manhã entre dois alunos.

Imediatamente após o incidente, prestamos o devido socorro à vítima, que foi encaminhada ao hospital e está recebendo toda a assistência necessária. Reforçamos nosso compromisso em colaborar integralmente com as autoridades competentes, que já estão apurando os fatos, e tomaremos todas as medidas.

Neste momento, intensificamos nossas ações internas para garantir um ambiente ainda mais seguro e acolhedor para todos.

Agradecemos a compreensão e confiança das famílias e estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos. Seguiremos empenhados em acompanhar de perto a recuperação do aluno e a investigação deste episódio, sempre priorizando a verdade e a serenidade.

Em tempo, informamos que as atividades escolares e festivas estão suspensas no dia de hoje.

Teresina, 4 de dezembro

Atenciosamente,

Colégio CPI