Os perfis no Instagram do Sargento Mota e Cabo Jairo, alvos da Operação Jogo Sujo II, foram derrubados por determinação do Juiz da Central de Inquéritos, em Teresina, nessa quinta-feira (10). Respectivamente, eles tinham mais de 250 mil e 120 mil seguidores nas contas. Além deles, outros investigados da ação também perderam as contas por determinação da justiça.
A medida ocorre após cumprimento de mandados nas casas dos dois policiais. Eles são investigados por crimes envolvendo jogos de azar, induzir consumidor a erro, estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Eles usavam as redes sociais para promover o conhecido "Jogo do Tigrinho". Foi descoberto ainda, que muitas das plataformas são utilizadas para o estelionato, com falso vídeos de ganhadores ou emulações de plataformas.
Além dos policiais, a lista de envolvidos inclui influencers, empresários, e administradores de páginas de fofoca na capital. "No caso dos policiais [Cabo Jairo e Sargento Mota] foram cumpridas buscas e apreensões e encontramos um dispositivos na casa de um deles. Ele [cabo Jairo] foi autuado e assinou um TCO. Nesse caso de prisão por receptação são analisados alguns critérios, como a quantidade de aparelhos, a colaboração, e a relação da pessoa da dentro da organização. Ele continuará respondendo pela lavagem de dinheiro, jogo de azar, teve bens apreendidos, e será tudo analisado. Se for o caso, se for emitido nova busca ou prisão, até mesmo de qualquer um que por ventura seja liberado pela Justiça, ainda poderão ocorrer novas ações", disse o delegado Humberto Mácola.
Logo após a ação em sua residência, o sargento mota chegou a se pronunciar na conta afirmando que os policiais levaram apenas o “celular, notebook e colar de ouro” dele.
As investigações para a segunda fase da operação iniciaram há cerca de seis meses e vão continuar através da análise dos materiais apreendidos, entre eles carros de luxo, joias e dinheiro. Segundo a polícia, será analisado se os bens apreendidos poderão ser revertidos para as vítimas.
Como funcionava o esquema
Como o dinheiro proveniente da atividade é ilegal, o criminoso tenta "lavá-lo" para dar uma aparência de legalidade, segundo o delegado Alisson Landim. Para conseguir mais vítimas, os líderes do esquema, segundo a polícia, usavam a visibilidade dos influenciadores.
Veja os nomes
- Letícia Elen (presa)
- Diogo Macedo (preso)
- Milena Pamela (presa)
- Marta Evelin / Yrla Lima (presa)
- Brenda Raquel (presa)
- Douglas Guimarães (Está em SP)
- Maria Geiceli (Babados Teresina) só busca na casa
- Jefferson Victor (Teresina fofoqueira) - apenas busca
- Antonio Robson (Robin da carne) foragido
- Lokinho (preso)
- Matheusinho
- Matheus Guerra da Silva
- João Vaz Neto
- Yasmin Sales
- Cabo Jairo (Preso com um celular roubado )
- Sargento Mota (busca na residência)