(Atualizada às 11h59)
O médico ortopedista Albert Medeiros foi preso, nesta quarta-feira (02), por suspeita de ter assassinado um morador de rua, em Teresina. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deu cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido Tribunal de Justiça do Piauí.
De acordo com o delegado Francisco Costa, o Barêtta, o médico teria matado Francisco Eudes dos Santos Silva, que vivia em situação de rua, na Praça João Luís Ferreira, Centro de Teresina, em 24 de abril de 2022. O crime ocorreu porque a vítima teria quebrado o vidro do carro do médico durante uma discussão. O profissional de saúde teria agido com a ajuda de outra pessoa que já foi identificada, segundo o delegado.
"O morador de rua foi atingido com dois tiros, um na perna e outro na cabeça. Segundo consta nos autos, o médico parou o carro, uma Land Rover ali no Centro de Teresina, naquela noite e a vítima Francisco Eudes, mais conhecida como Cabeludo, teria arrombado o carro para furtar. E depois ele [o médico] sob informações e saiu o procurando... quando localizou, ele e outra pessoa, com as características que já estão nos autos, desceu do carro e efetuou o disparo contra a vítima", disse o delegado à TV Antena 10.
Ainda em entrevista, o delegado explicou que o médico teria oferecido uma recompensa de R$ 500 para quem passasse a identificação do homem para que ele cometesse o crime.
"Nos autos consta que ele ofereceu dinheiro para quem informasse quem era o Cabeludo. Teriam sido R$ 400 depois aumentou para R$ 500 e, logo depois, ele voltou em direção ao Cabeludo. Era uma madrugada chuvosa, em Teresina, e eles [pessoas em situação de rua] estavam todos recolhidos em uma parada de ônibus ali na rua 07 de Setembro", disse.
A arma do crime não foi encontrada, mas segundo o delegado mais de dez pessoas foram ouvidas e há provas robustas contra o médico.
"Ele não relatou nada, mas os elementos colhido nos autos são fortes, coerentes, tanto que o magistrado decretou a prisão temporária, após a manifestação do Ministério Público. O delegado Jorge Terceiro não se baseou apenas em informação de indícios mas e um conjunto probatório. Portanto, é uma prisão por temporária de 30 dias, mas já temos elementos para conversão em preventiva", destacou.
O delegado Jorge Terceiro está presidindo o inquérito. O profissional de saúde foi preso em uma clínica onde ele trabalha na zona Norte da capital nesta manhã. Ele foi encaminhado para delegacia acompanhado de, pelo menos cinco advogados, e ficará à disposição da justiça.
Outro lado
O A10+ não conseguiu contato com a defesa do médico. O espaço segue aberto para esclarecimentos através do email: redacao@a10mais.com ou no WhatsApp: (86) 3218-1010.