Cinco mulheres foram presas no Mato Grosso por aplicarem golpes em pacientes do Hospital São Marcos, em Teresina, Piauí. De acordo com as investigações, elas se passavam por médicas e ameaçavam interromper o tratamento caso os pacientes não realizassem transferências financeiras. A polícia apurou que o grupo obteve informações pessoais das vítimas por meio de um vazamento de dados. Até o momento, nenhum funcionário do hospital está sob investigação.
Segundo o delegado Humberto Mácola, da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática, familiares de pacientes internados receberam ligações de indivíduos se passando por médicos. Os golpistas afirmavam que o tratamento, a realização de exames e até mesmo cirurgias só poderiam continuar caso fosse feito um depósito em nome do falso profissional.
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“A investigação vai avançar. Celulares e dispositivos eletrônicos foram todos apreendidos e estão sendo vasculhados e analisados aqui na delegacia e provavelmente outras pessoas poderão ser presas. Por enquanto nós temos em torno de seis vítimas, mas com a prisão delas estão aparecendo mais”, declarou o delegado à TV Antena 10.
Valores altíssimos
As cobranças para a continuidade das intervenções médicas giravam em torno de R$ 5 mil por família. O A10+ apurou ainda que as golpistas conseguiram as informações dos pacientes e familiares através de dados que foram vazados, entretanto ainda não foi confirmada a participação de nenhum funcionário do hospital.
O delegado fez um alerta sobre os golpes cibernéticos e afirmou que caso pessoas recebam ligações solicitando valores para a execução de algum serviço entre em contato com os entes responsáveis.
“Desconfie de tudo, porque uma pessoa está ligando para você de ser médico, agente bancário ou um parente que realmente é. Procure averiguar, vá até o local. Geralmente, os hospitais não fazem esse tipo de cobrança por ligação, muito menos o médico. Geralmente [o procedimento] é feito no próprio hospital, então desconfie de tudo”, destaca.