A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (13) a Operação Falsa Campesina que desarticulou uma associação criminosa especializada em fraudes no benefícios da espécie Salário-Maternidade no município de Água Branca, no Piauí. Foram cumpridos 11 mandados judiciais, sendo cinco de busca e apreensão e três prisões temporárias. Três pessoas foram afastadas das suas funções. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Teresina. O prejuízo efetivo ao INSS, até o momento, é de mais de R$ 1,2 milhão.
No decorrer das investigações foram identificados 373 benefícios da espécie Salário Maternidade, supostamente fraudulentos, atrelados à associação criminosa. As investigações apontaram ainda o envolvimento de dirigentes de Sindicato de Trabalhadores Rurais e de servidor público do INSS, atualmente aposentado, que forjavam documentos e etapas dos processos administrativos de concessão dos benefícios a mulheres que não detinham a condição de trabalhadoras rurais.
A pedido da Polícia Federal, foi determinado o bloqueio judicial das contas bancárias de quatro pessoas envolvidas nas fraudes identificadas, bem como a proibição de acessar ou frequentar o Sindicato de Trabalhadores Rurais e ainda de manter contato com determinadas pessoas. Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e estelionato majorado.
O nome Falsa Campesina é oriundo do fato das beneficiárias não possuírem no momento do requerimento do benefício a condição de trabalhadoras rurais.
A Operação mobilizou o total de 22 Policiais Federais e foi realizada em parceria com a Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT).