(Atualizada às 10h05)
A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Piauí deflagrou a Operação Falso Check-In, na manhã desta quinta-feira (26). A ação ocorre nos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Segundo o delegado Humberto Mácola, as investigações indicam que os alvos integram estruturas criminosas organizadas, especializadas em aplicar golpes através da criação de perfis falsos em redes sociais, simulando anúncios de hospedagens no litoral piauiense. Os estelionatários ofereciam valores atrativos e concretizavam as fraudes. O prejuízo pode chegar a quase R$ 200 mil.
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"O crime cibernético não tem fronteiras. Eles criavam perfis falsos de hotéis de luxo com promoções atrativas, a vítimas, inadvertidamente, visitavam esses perfis falsos e contratavam. Eles já confessaram o crime, manifestaram que nunca imaginavam que a polícia do Piauí iria até eles pra prender, achavam que a distância geográfica os protegia, mas o recado está dado: não vamos admitir criminosos de outros estados praticando crimes cibernéticos contra piauienses", disse o delegado em entrevista à TV Antena 10.
Até o início da manhã, 12 pessoas foram presas, e a operação seguirá até o cumprimento de todos os mandados. Além de celulares e veículos, foi apreendida grande quantidade de tabletes de cocaína e de maconha na casa de um dos alvos.
Durante a ação, foram executados 66 mandados judiciais, entre prisões temporárias e buscas e apreensões, expedidos pelo Juiz da Central de Inquéritos de Teresina, Valdemir Ferreira Santos, nos autos de inquéritos que apuram a prática dos crimes de estelionato por meio eletrônico (Art. 171, §2º-A, do Código Penal) e associação criminosa (Art. 288, do Código Penal).
As ações ocorrem em Osasco, Itapevi, Praia Grande e Guarulhos, em São Paulo e São Sebastião do Paraíso, em Minas Gerais. "Além das prisões e buscas, também foi determinado o bloqueio judicial de 22 contas bancárias vinculadas a investigados, com o objetivo de garantir o futuro ressarcimento das vítimas dos golpes", afirmou.
As diligências foram realizadas com o apoio da Polícia Civil de São Paulo – através da Delegacia de Vigilância e Capturas-DOPE e da Polícia Civil de Minas Gerais.
"A DRCI ressalta que não há fronteiras para a atuação da Polícia Judiciária, que atuará onde quer que o criminoso cibernético esteja, seja em território local ou em outros estados da federação. A operação demonstra a efetividade da cooperação interestadual no enfrentamento qualificado aos crimes digitais. A Polícia Civil do Piauí também alerta a população sobre os riscos do ambiente virtual, especialmente no acesso a perfis não verificados, que oferecem valores muito abaixo do mercado ou condições excessivamente vantajosas", concluiu.