Um homem identificado como Diego Bruno da Costa Sousa, mais conhecido como "Pit Girl", foi preso nesta quinta-feira (29) por envolvimento com a morte do policial militar Agamenon Dias. O crime foi registrado no dia 04 de fevereiro deste ano, após uma briga em um posto de gasolina na Avenida dos Expedicionários, zona Sudeste de Teresina.
O delegado Francisco Costa, o Barêtta, informou à TV Antena 10, que Diego é suspeito de ter dado um soco por trás da cabeça do PM, que o desorientou. Com isso, outro individuo identificado como Tiago teria tomado a arma e atirado em Agamenon.
Os fato são comprovados pelas imagens do sistema de segurança do local que registrou toda ação criminosa.
Denúncia do MP
O Ministério Público do Piauí, através do Promotor de Justiça Regis Marinho, denunciou quatro indivíduos pelo assassinato do soldado da Polícia Militar, Agamenon Dias Freitas Junior, ao Tribunal do Júri da Comarca de Teresina. Tratam-se de Tiago Rocha Santiago, de 30 anos, Pedro Vitor Cardoso Almeida, de 19, Wicloas Neves Portela, de 20 anos e Diego Bruno da Costa Sousa, vulgo “Pit Girl”, de 31.
De acordo com a denúncia, o policial foi espancado com chutes, socos e garrafadas pelos suspeitos, além de dois menores envolvidos. Tiago Rocha foi o autor do disparo, realizado com a própria arma de Agamenon Dias.
Segundo o Ministério Público, eles devem responder pelos crimes de homicídio qualificado, lesão corporal de natureza leve e corrupção de menores. Caso a justiça aceite a denúncia do crime, eles serão julgados pelo caso. As provas, levantadas pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) que corroboram a denúncia, foram os depoimentos das testemunhas, além do Laudo de Exame Pericial cadavérico e da arma de fogo, as filmagens de câmeras de segurança do local do crime, entre outros.
O MPPI discorre ainda que em caso da eventual Sentença Condenatória, seja fixada em favor dos familiares da vítima, o valor mínimo o valor mínimo de R$ 100 mil e R$ 20 mil, em favor da vítima sobrevivente, a título de reparação dos danos causados. “Já que impossível mensurar o valor de uma vida ou da integridade física, nos termos do art. 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, ao tempo em que requeiro instrução probatória para verificação do referido quantum; d. Seja oficiado à autoridade policial para juntada das perícias pendentes”, diz o promotor.
O CRIME, SEGUNDO A DENÚNCIA
Na madrugada do dia 4 de fevereiro deste ano, a vítima foi espancada por Tiago, Pedro, Wicloas e Diego, além de dois menores, sendo atingido em seguida por disparos de arma de fogo desferido por Tiago, que utilizou a própria arma da vítima, inclusive a subtraindo após o crime.
O homicídio foi motivado por uma briga de bar, quando um dos menores tentou furar a fila da conveniência, localizada no posto de combustível, quando foi repreendido por Agamenon, que terminou em uma briga generalizada entre os amigos do adolescente e entre o policial e a pessoa que estava em sua companhia, que também foi lesionado na situação.
Agamenon Dias chegou na conveniência do Posto de Combustível, acompanhado do colega, e se dirigiu até o caixa para comprar petiscos. Porém, quando estava na fila aguardando a sua vez, o menor chegou pedindo um salgado, momento em que o policial o repreendeu para obedecer a ordem de chegada da fila, iniciando uma discussão acalorada entre aquele e as vítimas.
Horas depois, seis pessoas foram presas. Entre os detidos estava um traficante. Na casa dele, a polícia apreendeu R$ 35 mil. Durante as prisões também foram apreendidas 6 bicicletas profissionais e duas motocicletas.