O delegado Samuel Silveira, em entrevista ao telejornal Fala Piauí deste sábado (27), da TV Antena 10, deu mais detalhes sobra a operação de número 17 do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (DENARC). A ação teve como objetivo o cumprimento de 10 mandados de prisão nos estados do Piauí, Ceará e Minas Gerais. Até o momento, 4 foram presos. Na oportunidade, o delegado ainda explicou a participação de Fernando Filho e Lauro Alberto Cavalcante Monteiro, filhos do ex-deputado Fernando Monteiro, no crime.
“Esses indivíduos que acabaram tendo uma conotação maior [Felipe e Lauro], um deles se relacionava mais diretamente à venda, o outro disponibilizava a conta bancária, na verdade o PIX, para o recebimento do dinheiro oriundo do tráfico e toda a cadeia criminosa circulava a partir de um indivíduo, que já foi inclusive divulgado o nome até por estar foragido, que é Francisco Kaio. Ele seria o núcleo central da circulação dessa mercadoria aqui em Teresina", explicou.
Segundo o delegado, a comercialização de drogas sintéticas acontece de maneira diferente da venda de entorpecentes como maconha e crack, por exemplo. Ele explicou que as drogas sintéticas são comercializadas mais em locais noturnos e que, na maioria das vezes, tem alguma ligação com a prostituição.
“Então essa cadeia criminosa passa do estado do Piauí e tem essa circulação a partir dessa regra: profissionais da noite fazendo a venda sempre com o envolvimento em festas e muitas vezes se relacionando a prostituição. Não estou dizendo que em específico essa associação criminosa fazia esse enlace com a prostituição, mas é o que se repete normalmente", disse.
O delegado ainda comentou que, até o momento, 4 dos 10 mandados foram cumpridos. Além de Fernando Filho e Lauro Alberto, uma médica e um DJ foram presos por envolvimento no esquema. Segundo Silveira, esses dois últimos envolvidos além de utilizar a droga, a transportavam e vendiam.
“São dez mandados de prisão a cumprir, 4 já foram efetivados e 6 ainda se encontram em aberto, mas independente dessa operação há uma série de outras investigações. Muitas vezes a própria pessoa que comercializa também faz uso, também transporta. Então toda a cadeia criminosa, salvo o indivíduo que nós já relacionamos que era utilizado para o recebimento do dinheiro oriundo do tráfico, toda essa rede tanto transportava como se relacionava com a venda. Seja diretamente, seja por meio do principal articulador que no caso seria o Francisco Kaio", finalizou.